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Erotico-->45. NOVO ENCONTRO -- 13/05/2003 - 06:24 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

No dia seguinte, estando Juvenal em seu repouso matutino, foi advertido de que havia alguém para visitá-lo.

Correu para ver quem era e teve a gratíssima surpresa de ver que Glorinha viera de novo, desta vez sem a companhia da tia.

— Que grande prazer você me dá! Você não deveria estar no programa?

— Deixei a televisão.

— Como assim?

— Não vou trabalhar mais lá. Acho que serei mais útil se continuar sua empregada, se você me aceitar de volta.

— Não estou entendendo nada. Não era o que você mais queria na vida?

— O que eu mais quero na vida é estar ao seu lado, mesmo que você nem olhe para mim.

— Mas minha menina...

— Não sou sua menina. Eu sou uma mulher que sabe muito bem o que deseja na vida.

— Você sabe por que estou internado?

— Sei. É porque não consegue amar a ninguém, desde que era pequeno. Sua mãe o abandonou e você ficou traumatizado. Eu ouvi seu tio explicando para minha tia. Eu entendo bem o que seja isso porque perdi meus pais num desastre. Foi quando minha tia me recebeu. Só que eu era bem pequena. Ontem eu senti a sua reação quando soube que eu também o havia abandonado. Suas lágrimas me comoveram.

— E quanto aos seus planos de faculdade?

— Uma coisa não impede a outra. Continuo estudando. Quando chegar a hora...

— Não tem isso de “quando chegar a hora”. A hora é agora. Você vai voltar e vai reaver o emprego.

— Já desfiz o compromisso, mesmo porque não havia ainda assinado o contrato definitivo. Eles me disseram que não me devem mais nada nem eu a eles, porque estava em período de experimentação. Eles falaram em estágio probatório. O meu chefe até me disse que se arrependia muito por não ter feito que eu assinasse um contrato. Eu estaria presa e não poderia sair sem mais nem menos.

— Ele não lhe ofereceu um aumento de remuneração?

— Não, mas perguntou se eu não estaria sendo levada para outra emissora.

— E não está?

— Até agora, não. Minha tia é que não gostou da decisão. Ela me disse que outra chance como aquela eu não ia ter mais na vida.

— Ela está sabendo que você veio me ver?

— Eu contei tudo, mas ela não quis me acompanhar. Disse que me entendesse com você, afirmando que “dos males o menor”...

Juvenal ousou passar a mão pelos cabelos da moça e sentiu que ela se entregava ao carinho, sem opor resistência. Foi assim que eles se aproximaram e se beijaram, comovidos e surpresos por perceberem que estavam envolvendo-se afetivamente.

Para o rapaz, tudo aquilo era novidade. Ele jamais havia tido uma namorada, alguém com quem tivesse trocado qualquer jura ou promessa de amor. Entretanto, apesar de lhe haver tomado ambas as mãos e de olhá-la no fundo dos olhos, criou coragem para dizer-lhe:

— Estou com muito medo de que estes nossos sentimentos possam transformar-se em algo monstruoso. Eu preciso...

Não pôde continuar, porque Glorinha o puxou de novo para si, agora aconchegando-se ao peito do rapaz, murmurando:

— Meu amor, eu não vou pedir-lhe nada além de um emprego. O que eu quero é ter outros momentos tão felizes como estes. Vamos pôr a nossa felicidade futura nas mãos de Jesus e de nossos protetores espirituais. Se for para não dar certo, pelo menos teremos algo muito bonito para recordar.

Enquanto começavam a fazer planos, tendo Juvenal a primeira idéia de entrar para o ramo dos restaurantes para que Glorinha não perdesse sua vocação, o mesmo enfermeiro da véspera trazia o Doutor Moacir para observar as reações do paciente.

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