Prantos nunca deixam de ter sua valia,
Mostram da alma a dor,
Do corpo as feridas!
A vida é faca de dois gumes...
Usa teu livre arbítrio, escolha sempre
O lado do fio que mais te agradar!
Se escolheres o lado contrário, não culpes a vida
Dizendo ser ela à causadora dos teus desencantos!
Não rogues a Santos, para que te façam aprender lições que a vida não te cobrou!
Se hás de guardar o coração trancado no peito
Como poderás sentir doces sensações
Se vazia tua alma se cala?
Por que queres te enganar de qualquer jeito,
Se não há razão para chorar no teu leito...
Pega a chave e livra teu coração do cativeiro!
Ah... viver sem sentir o mar,
É deixar de respirar...
Não é viver... é morrer... é se enganar!
Entra no mar com coragem
Não tenhas receio de tua vida salgar
Monta nas vagas... brinca com elas...
Não mostres o medo que sentes em te afogar!
Não nades contra a maré...
Entrega ao mar teus beijos... só assim te aquietarás!
Presta atenção no que falas,
Se chorar for covardia e por ela
trocar o amor de uma mulher
O que te há de interessar
lutar sozinho, pra enfrentar um vendaval?
A pele do teu rosto ausente de vincos...
e tuas lágrimas não choradas,
deixam em teu lenço marcas da ausência da vida!
Por que não desejas os beijos...
da boca de uma mulher?
Se somente neles te encontrarás?
Crês mesmo que o mar quando exposto
ante furacões e tornados sente
no encontro do choque o sabor de beijos?
O amor não aceita jogo,
desconhece a palavra azar!
Podes te prevenir contra chamas,
ser bombeiro pedagogo, até pós graduado,
talvez te livres do fogo,
mas nunca dos beijos de uma mulher!
