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Erotico-->38. O ATENTADO -- 06/05/2003 - 06:51 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Preparava-se Juvenal para ligar para Elvira, dispensando-a das aulas, quando recebeu uma chamada da oficina, avisando-o de que poderia ir buscar o carro. Imediatamente sua atenção se concentrou no fato novo. Precisava ir buscar ele mesmo o veículo, porque teria de receber, conforme lhe disseram, várias instruções de como utilizá-lo.

Assumiu a direção do carro alugado e foi entregá-lo. Sabendo que estava com um veículo seguro, depois que acertou o pagamento de sua dívida, requisitou um motorista para levá-lo à oficina.

Não haviam percorrido nem dez quadras, quando, parando em um semáforo, bateram com força no vidro do lado do motorista. Voltaram-se ambos a ver de que se tratava. Do lado de fora, um sujeito grandalhão, com a cabeça coberta por um capacete, arma na mão, mandava que abrissem a porta, ameaçadoramente.

Ato reflexo, Juvenal deixou-se escorregar para a frente, acomodando-se no vão em que estavam suas pernas. A seu lado, o motorista fez menção de encaixar a marcha para arrancar, mas não teve tempo. Vários tiros se ouviram e as balas ricochetearam na proteção blindada, estriando os vidros laterais e da frente sem perfurá-los.

Vendo frustrado seu intento, o assaltante subiu na garupa da moto que permanecera parada entre o carro e o meio-fio, fugindo dali em disparada.

Não demorou para formar-se uma aglomeração em torno do veículo. Bastante assustado, o motorista criou coragem e saiu, permanecendo Juvenal um certo tempo no fundo do vão em que se escondera.

Logo chegou uma viatura policial com três milicianos fortemente armados. Vendo que nada mais restava a fazer, começaram a colher os depoimentos dos envolvidos, arrolando algumas testemunhas. Foi quando Juvenal se apresentou, trêmulo e corado, de celular em punho, ligando para o tio, contando-lhe o ocorrido, solicitando que informasse o detetive Macedo.

Várias pessoas foram convidadas a se identificar para as informações cabíveis, entretanto, nenhuma delas afirmou ter visto a ação criminosa. Haviam, sim, ouvido os tiros, mas, quando chegaram, os bandidos já haviam desaparecido. Os motoristas que esperavam o sinal abrir quando aconteceu o atentado já haviam ido embora, de forma que a descrição dos bandidos e de sua motocicleta iria ficar restrita aos dois ocupantes do carro.

Estava o motorista ainda respondendo às perguntas dos guardas, quando outras duas viaturas policiais encostaram, descendo Macedo de uma delas, já prevenido quanto à presença de Juvenal.

Os recém-chegados, dando apoio aos que providenciavam o afastamento dos curiosos, conseguiram isolar a área do crime, preservando os vestígios deixados pelos bandidos. Foi assim que recolheram cinco cartuchos, localizando também três projéteis. Dois se perderiam para sempre.

Macedo ouviu as explicações do aflito motorista:

— Eu não pude ver nada, a não ser um sujeito vestido com um casaco preto de couro e com um capacete escuro. Logo ele disparou contra a gente e eu não vi mais nada, porque ficou impossível de ver qualquer coisa com os vidros nesse estado.

— Como era a moto?

— Não vi nem a moto nem o motoqueiro.

— E o seu passageiro?

Juvenal fez questão de mostrar onde havia ficado o tempo todo encolhido, sendo-lhe impossível fornecer qualquer outra informação, confirmando apenas o que o motorista dissera.

Macedo deixou-se condoer com a sina do rapaz. Assim que os dados de seus documentos foram copiados, ele fez questão de levá-lo à delegacia, onde deveria formalizar a queixa.

Juvenal pediu-lhe um copo de água com açúcar, mostrando-lhe a mão ainda trêmula.

José, avisado de onde se encontrava o sobrinho, logo apareceu na delegacia. Vinha pálido, assustado, temeroso de que os crimes rondavam a família de propósito, perguntando-se quem seria a próxima vítima.

Lembrou-se Juvenal de pedir-lhe para avisar Elvira, dispensando-a da sessão daquela tarde, o que José fez, dando a desculpa de que um motivo de força maior estava impedindo o comparecimento do sobrinho.

Quando saíam acompanhados por um guarda designado por Macedo para dar-lhes cobertura, cruzaram com o motorista e mais um representante da empresa. Vinham, por certo, em busca dos competentes documentos para pleitear o ressarcimento das despesas do sinistro junto à companhia de seguros.

Enquanto iam à oficina, Juvenal recomendou ao tio que se protegesse do mesmo modo que ele o fizera:

— Se eu não tivesse tido o cuidado de alugar um carro blindado, nesta hora estava sendo levado para o I.M.L.

Ainda sob o efeito das fortes emoções, José limitou-se a bater no joelho do sobrinho, como a assegurar-se de que era ele mesmo que estava ali.

Naquela noite, dirigiram-se ao centro espírita no carro do moço.

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