Sou o Amor,
um deus que ama,
penso também no amor devorador
intenso... íntimo... condicionalmente desejo,
onde posso saciar os teus desejos,
dar-te carinho, realizando e buscando-te: amor.
Na loucura do encontro...
no vazio preenchido
atemporais momentos...
quando o amor fantasiado surge.
Gemidos ocultos,
camas e vultos...
velando o nosso encontro,
inexpressivos e dispensados versos,
anverso lascivo e profano,
um ledo engano
nos corpos que mudam de plano...
em que possuímos um ao outro,
pudores, cobrança, nem temores...
Esses já inexistem.
Juntos seremos um em corpos exauridos,
qualquer amor trajando apenas o suor,
para debicar um ao outro o ósculo,
a brandura paradoxal desse ardor,
desse prazer intenso e ardente, demente, quente e cinzas ao chão...
apaixonados, eternos amantes enamorados!
PABLO NYKCAHT
JEQUITINHONHA - MG
27/04/2003 - 03h36