Atravessas num raio de oiro
cópulas imaginárias de cio
o límpido plâncton do desejo,
acendes o fogo distante das crias,
sobre os corpos excitados
cada grito é uma flor varada
no sexo da finita melancolia,
arqueias o fogo sobre o meu corpo,
latejando nos sentidos imperceptíveis
o amor atravessado por um dardo
os tendões até à fulguração inicial
e enquanto estou só dentro de ti
sei permanentemente que és a fonte.
in,inédito - 2003 |