Como pode teu corpo repousar
Se lembranças te trazem o vento?
Pétalas de poesia na pele
Não se perdem nas ventanias!
Oh, vento, por que sopras na madrugada,
Poesias apenas desabrochadas?
Deixa-as meu muso cantá-las, enquanto minha pele
virgem o aguarda e nua entro nos seus sonhos!
Obrigada, por me deixares participar
Das tuas serenatas!
É minha, é nossa, a pele que se arrepia
E se enrosca ao sabor do vento!
Acorda de teu sono profundo,
Esquece o frescor do vento!
Ele sopra sussurrante a te embalar,
Para te seduzir e te enganar!
Finge ser ele que assanha teus pelos!
Mas é meu corpo, minha pele que te arrepia,
Sou eu tua poesia!
Canto para a lua!
Meus, são os versos delirantes que escutas!
Tua pele desarmada,
Aninha-se e protege-se na minha...
Enquanto teu sono dormes,
Não percebes que sou eu tua luz, tua magia!
Por favor, de amor não morras...
Viva-o eternidade adentro, viva-o todo em mim!