Tenho fé que o meu amor não foi em vão!
Aceito a dor da despedida, sei que chorei.
Mas tenho fé em anjos levitando e em arautos
Carregando minhas lágrimas em samovares
Para regarem os lírios que crescem onde deitei!
Escuto ainda sons, embora não tão audíveis!
Minha voz cala e meu corpo frágil, letárgico
Pressente toques que já foram intencionais.
Não penso, limito-me aos fatos adormecidos
Quando da vez primeira vivi, recebi o teu abraço!
Entôo um coro , mudo, lírico, profético!
Danço como as ninfas da floresta!
Sorrio admirando a paisagem perfumosa e incensa
Através da qual por imemoriais milênios
Esperarei diáfana a presença tua, o que me resta!