Sigo descobrindo novas curvas,
Novas luzes, novas fontes.
Seu corpo revela
A pele quente, a mão macia.
Monte Pascoal em dose dupla
Muito altos e redondos,
Em seus cumes a seiva em bica...
Terra virgem, terra prometida
Terra desejo, terra chã,
Terra de Vera Cruz.
Nesta terra corre sangue
Sangue de índia guerreira
Tão bem feita e tão redonda,
E sua vergonha tão graciosa,
Que muitas indias de outras terras
Se envergonhariam
De não ter as suas como a dela.
Explorando um pouco mais,
Sente-se o aroma
Do prazer
E qualquer um que lá se banhar
Terá alimento, sustento
Conhecimento, ensinamento
Para dele se fartar.
Penetrando mata a dentro
Tateando seu corpo nu
Sinto desejo de fincar a cruz
E beijar e abraçar
E se embrenhar, alisar
Amarrotar, embriagar,
E amar, e amar e ainda amar para sempre amar.
E dessa terra nunca mais sair.
Contudo, o melhor fruto que dela pode se tirar
É gozar neste corpo
E esta deve ser a principal semente
Que a ele deve lançar.
