Perdoe-me amor, mas já se foi o tempo
Em que, chorando, esperava que o vento
Trouxesse seu cheiro, seu corpo, um abraço...
Agora, já tenho outros braços, desfiz-me dos laços,
Busquei novas conquistas.; perdeste-me de vista
E eu encontrei nova paixão!
Não só uma, não! Todas as dos anos passados,
Quando eu o queria ao meu lado e só recebia “nãos”..
!
Perdoe-me , amor, agora, sou de todos, do que vier
Por primeiro, do que me amar por inteiro, de quem
Chegar antes. São poucos, são muitos, são tantos...
Que às vezes, meu corpo, não tem paradeiro...
Pertenço a mim e ao mundo todo, sou amante
Do povo, do menino, do velho...sou prazer somente
E me dou de presente!
Perdoe-me amor, foi você quem deixou o espaço
Aberto ao novo braço apertado que tenho.
Sou uma perdida, mas sempre encontrada,
Nas ruas, na estrada, no melhor motel.
Minha boca, já não quer o seu mel, hoje é fel
Ao meu corpo, que procura insistente, outras
Bocas viris e imponentes para degustar.