Detesto admitir
mas sou dependente de mulher
[não sei mentir]
uma fome e vontade de comer,
que me consome
É um vício... e que vício!
Odeio admitir
mas sem mulher não viveria,
[prá que fingir?]
eu não consigo.
Só pode ser castigo
e não me privo desta praga
desta droga,
tão gostosa!
Fui amaldiçoado por alguém...
Ah,se pego quem!
[lhe presentearia também!]
Mas sem mulher,
mulher do povo,
mulher do mundo,
mulher do bem,
do mal também,
mulher pública...
[é prostituta?]
mulher do mar,
[fuzileira?]
mulher da rua,
mulher da lei
[Delegada ou Advogada?]
ou marginal,
mulher de letras,
mulher profeta,
igual não tem,
ou uma poeta,
sem vintém,
mulher de Deus,
mulher de pulso,
ou de vulto
a Zé ninguém,
(pode ser avulso)
e a minha mulher...
Queria me libertar,
[será???]
me livrar dessa tralha,
que atrapalha...
[quando outra vem]
esse entulho,estrabolho.
Botar tudo num mesmo saco
e espalhar:
mulher ao vento,
mulher aos porcos,
mulher ao mar,
mulher à lama,
mas só depois de passa-las
na minha cama!
Texto baseado na poesia de Valéria Tarelho,sutil e convenientmente
modificad BySicouza, em 12.06.02