Não procure longe novo alento.
Em qualquer lugar,
de olhos fitos no infinito
encontrarás resíduos...
Poucos, mas o suficiente
para, num átimo,
descobrires o quanto ainda tens de mim.
Ontem, hoje, amanhã...
Sombras ansiosas,
minúsculos fantasmas,
diáfanas fadas povoando sonhos...
Ausência velada de desejo,
o que tiveste de mim
foi maior que toque e beijo.
Eternidade internamente eterna.
Sons e melodias,
Odores costumeiros,
incessante balé, nossa junção...
Cumplicidade forjada,
no poente diuturno
de mim, largaste a mão!