O tempo urge!
O tempo invade!
O tempo entranha-se
e precipitadamente,
apossa-se de mim!
Que tempo é esse
que eu falo?
Que tempo é esse,
que palavras
teimam em fugir?
Que tempo é esse
de aventuras,
sensações que só conheço
aqui?
Esse tempo é o de agora,
fora de hora,
em que meu sonho de mulher
implora:
- Olhe pra mim...
Sou o teu sonho
indefinível,
indiscutível,
permanentemente alerta
estou desperta!
Meu tempo é curto,
mas tenho todo o tempo
prá encontrar-te,
desvendar-te,
fazer em mim
germinar
tua metade!