POR MAIS QUE JÁ TIVESSEM SE ENCONTRADO, E SEUS CORPOS CHEGASSEM, JUNTOS OU SEPARADOS AO GOZO INTENSO, INTERMINÁVEL, ERA SEMPRE A PRIMEIRA VEZ.
SEUS ENCONTROS SE REVESTIAM DE ANSIEDADE, MISTÉRIO, INOVAÇÃO, EXPECTATIVA DE UM PRIMEIRO ENCONTRO.
CADA VEZ ERA SEMPRE A PRIMEIRA, ERA SEMPRE DE NOVO, MAS SEMPRE RENOVADO, SEMPRE COM A SEDE E A FOME DOS GRANDES AMANTES.
QUANDO SUAS BOCAS SE TOCAVAM, A SALIVA ERA UM NÉCTAR DELICIOSO DE BEBER. A PELE E SEUS SUORES EXALAVAM UM PERFUME QUE SÓ OS DOIS RECONHECIAM E GOSTAVAM DE SENTIR. SEUS SABORES ÍNTIMOS ERAM ÚNICOS E DESEJADOS PELOS DOIS. ERAM INCANSÁVEIS DE DESEJO, DE FOME COMUM, COMO SE A CARNE, A PELE, OS SABORES, FIZESSEM PARTE UM DO OUTRO, E A MEDIDA QUE SE ESGOTAVAM EM SEUS PENSAMENTOS, TIVESSEM A NECESSIDADE DE SE ABASTECER DE CADA UM. DE BEBER A SALIVA, DE BEBER O GOZO COM AS BOCAS ÁVIDAS DA SALIVA E DO LEITE DE CADA UM, COMO SE FOSSE AQUELA, SEMPRE A PRIMEIRA VEZ.
Valentina Fraga |
