Esquivei da vida
em demasia, no destino
da nuvem empurrada ao vento,
que adivinha o ar.;
que não sabe a nuvem
sabendo o seu mísero destino
fora do trilho...
sem precipitar...
E inesperada precipita.
E, loucamente, atira-se
à terra, antes seca, agora não mais...
Esquivei-me da vida
como o floco de neve,
na tímida cerração.
De enganos? Não,
em cada palmo de terra úmida
Esquivei-me sabendo pouco
sobre o amor - ou ódio,
que vem, não sabe o Poeta de onde,
tão pouco o sabe o quê,
muito menos como,
mas que dói muito
e não sabemos por quê...
Esquivei-me como
o silêncio que
oculto na algazarra
torna-se inexistente
ou ausente no triste faltar de ecos...
que os berros camuflam.
EEE, mesmo que, o barulho vá embora!!!
Esquivarei-me nas dúvidas,
no vício de sons...
como uma ostra sem pérola
- uma vulva-
várias pétalas - um grão de bico-
uma falta de chuva!
uma falta de neve!
uma falta imensa de calor!...
Sem perguntas
Sem respostas
e ainda assim
ter sempre dúvidas!
----- Original Message -----
From: Graça
To: luna-egroups .; pensarpoesias@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, May 08, 2002 8:16 PM
Subject: [pensarpoesias] sem dúvidas
Sem dúvidas
graça de lunnas
Entreguei-me à vida
em plenitude, no desatino
da gota de chuva,
que não adivinha o mar.;
que não sabe a nuvem
nem seu mísero destino
E distraìdamente cava.
E, loucamente, atira-se
à terra seca sem sigilo
Entreguei-me à vida
como a gota de chuva,
no tímido dilúvio
em cada palmo de terra úmida
Entreguei-me sem saber
sobre o amor - ou ódio
Entreguei-me como
a lágrima que
não sabe se chora
o que regressa ou o que
vai embora!!! Entreguei-me
como uma pérola - uma uva-
uma pétala - um grão de terra-
uma gota de chuva!
Sem ter respostas
e ainda assim
ser ter dúvidas!