Lendo Despojamento, de Ivo Barroso, senti o desejo de ser a presença nesse banquete.
Quisera minha presença,
fosse banquete para alguém.
E mesmo na ausência
de pratos, talheres e mesa
fosse suficiente minha presença.
Já não se ouviria música,
as velas seriam apagadas,
tudo em volta seria desprezado,
se bastasse minha presença.
Retiraria quadros, flores e ornamentos,
simplificaria a decoração,
se a única presença suficiente,
fosse minha imagem,
e minha emoção.