Estou molhada...
à pouco sai da ducha
e passei levemente
a toalha sobre o corpo.
O calor atordoante,
faz do meu corpo o sol,
encandescente.
Recosto na cama macia,
onde os lençois de cetin
abrandam o calor.
Mergulho meu rosto
no travesseiro,
e ainda úmida, sinto saudade.
Uma saudade imensa,
que faz a pele doer
e sinto rasgar a alma.
A falta do corpo,
da voz, do olhar, do
sussurro junto ao ouvido
das mãos ágeis passeando
pelas minhas curvas.
Estou ainda molhada,
muito molhada...
de pensamentos insanos.
de perder a cabeça,
de desejos incontroláveis,
de motivos suficientes,
pra me perder,
e gozar delirante,
como um brinde
ao amor!