Sou faminto pelo teu amor,
Como um menino carente,
Quero o néctar da tua flor,
Provar o amor delinqüente.
Escalo teus seios de anjo,
Na voracidade de uma fera,
No teu oráculo como arcanjo,
Bebo tua volúpia de quimera.
Uma bela taça de languidez,
No voyeurismo do meu desejo,
No teu corpo perco a lucidez,
Voluptuoso na lassidão do beijo.
Tua libido é meu instinto animal,
Mergulhado na lascívia perigosa,
Estraçalho o teu pudor canibal,
Um beija-flor sugando tua rosa.
Na magnitude da deusa formosura,
Como uma ninfa sensível se esfrega,
Meu paladar prova tua gostosura,
Como fêmea na candura se entrega.
Uma Vênus cardinal me recebendo,
Vestal do belo e cênico purismo,
Rara beleza em simbiose me querendo,
Na impetuosidade do meu erotismo.
Envolvo-me nos teus gemidos de prazer,
Provoco ecos e lamentos arrepiantes,
No clímax de paraíso, o homem e a mulher,
Em gozos plenos, maravilhosos de amantes.