Sem pressa, o homem-menino,
Quieto, lábios e pele sorrindo,
Aportou no meu viver,
Com tanto me querer,
Nos olhos chamejantes...
Qual borboletas tremulantes,
As mãos brancas tão lindas
Acordaram em mim as ninfas,
Pousaram em meu infinito,
Calaram na alma, meu grito.
Intermezzo sonoro, sumarento,
Tarde em dia sem pensamento,
Deslizamos em ondas perdidas,
Amamos em praias dormidas,
Em mares e marés cantantes,
Em luas e sóis flamejantes.
Alçados em música melodiosa,
Tomados em emoçao misteriosa,
Num sempre a nos consumir,
Loucos, nos tivemos a sorrir.