Ambrósio e Leandro eram amigos inseparáveis e, desde o jardim de infância, freqüentavam a mesma classe.
Nas férias, costumavam passar uns dias, ora na fazenda de um, ora na fazenda do outro.
Chegada a adolescência, como sói acontecer, os hormônios começaram a produzir mudanças físicas e a provocar atração pelo sexo oposto.
Como estudavam em colégio religioso, havia uma orientação para sublimar as emoções, nem sempre possível.
Em uma de suas férias, Ambrósio foi convidado para passá-las na fazenda dos pais de Leandro e, para sorte ou azar de ambos, foram convidadas as primas também.
No primeiro dia, foi tudo novidade. As meninas colocaram bermudas curtíssimas e foram passear pela fazenda para conhecerem as matas, os riachos, os estábulos, os potreiros, andar a cavalo.
No segundo dia, colocaram biquínis e foram fazer piquenique à beira do rio.
Os dois, que haviam feito um esforço para se comportar, começaram a apresentar reações físicas, difíceis de serem disfarçadas.
Logo, logo, passaram a sofrer com a chacota dos peões.
Imaginando não estar sendo observados, resolveram satisfazer seus desejos com as ovelhas.
Durante o jantar, o pai de Leandro puxou o assunto da produção de ovelhas. Explicou para as meninas sobre a produção da lã, suas características, a tosquia e o melhoramento genético do rebanho, prendendo a atenção e despertando curiosidades.
- Inclusive – acrescentou – a Fazenda Santa Genoveva acaba de adquirir dois novos reprodutores.
As meninas ficaram surpresas, principalmente a irmã de Leandro que conhecia bem o rebanho.
- Quando eles chegarão, papai? – perguntou.
- Eles já estão na fazenda, inclusive, jantando com a gente. Chamam-se Leandro e Ambrósio – respondeu.
Todos olharam para os dois que não sabiam onde enfiar a cara. Queriam sumir. Ficaram vermelhos, roxos, amarelos e correram para o quarto.
O acontecido custou-lhes um bom castigo e a gozação dos peões, das meninas e do colégio inteiro.
