É uma bunda reluzindo ao luar
São pares de mãos que vão se alternando
São gozos que adentram, a madrugar
São monumentos de carne, pulando
É um rosto contorcionista d horas
A musa em pedidos, os nãos que singram
O coração do poeta enquanto choras
Na poesia em que se realizam
É seda, voz de mulher saciada
É fogo de provocações de homem
É céu de estrelas descendo a escada
É quando, nos lençóis, os lábios somem
São as roupas, fuga em desabalada
Anjos dizendo marotos: Amém
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