Amantes que dormem o mesmo sono,
que gozam o mesmo momento,
transitam pela mesma estrada,
têm os mesmos sentimentos, mesmos desejos, mesmos prazeres..
no mesmo tempo ou em seus tempos..
que colam o corpo, deixam escorrer ,
inebriam-se um do outro
transbordando águas, cheiros e sons,
perdem o pudor,
línguas ousadas pelo corpo,
deslizando a saliva
alma e corpo, sendo um em cada um, juntos
sendo o todo em dois,
mistos.
corpos que têm fases,
escalam montes, andam cavernas,
invadem espaços
delimitam e exploram..
apenas não se tem regras,
imposições,
existem só eles,
amantes e o querer,
momentos que duram a eternidade de segundos do amor.
Brasília, 05 de janeiro de 2002 - 21h00