Sou a sua sombra esmaecida
Quando à noite, silencioso e
Esquecido do mundo adentra
A nossa porta e deita deixando
Que a fantasia do final de um
Duro dia, corra solta em nosso
Canto. Canto versos e enquanto
O encanto vai transformando
Nossos corpos em premissas
E promessas...Despe meu corpo
E se despe: somos pura paixão.
Sua mão perde-se nas curvas
Que me tiram a razão.
Como acrobatas no palco
Não há erro em nossos saltos
Sincronia de duas bocas,
Molhadas, úmidas, loucas
Deslizam e intumescem
Colo, pelve, seios duros
Abocanha minha cintura
E desce! Sou eu, que, então,
Deslizando meus lábios,
Vou procurando o que o
Seu corpo oferece!
Sinfonia inacabada
Entra e assume o final.
A madrugada diz
Que é hora do
Grande Salto Mortal!