Era noite.
Havia somente uma luz difusa.
Eu estática,
Deslumbrada,
Em puro deleite,
E desejo.
Você excitado,
Corpo recostado,
E seminu.
Que visão única...!
Via-o, ali, entregue ao seu próprio corpo,
Prazer,
Fúria,
Fantasia,
Realidade.
Você se masturbava,
E eu só olhava.
Belo exemplo de virilidade.
Luz a bater em seu rosto de perfil,
Lábios macios, entreabertos,
Olhos misteriosos,
Cheios de desejos,
Paixão.
Sentia-me presa ao seu olhar,
Corpo a contrair,
Membro rígido,
Vivo,
Latente.
Que visão única...!
Mãos fortes e firmes,
A segurar o mastro reluzente.
Não parecia haver pressão,
Força,
Rapidez.
Era tudo tão sincronizado,
Ágil,
Hipnotizante.
E eu ali,
Estática,
Excitada,
Úmida.
Eu olhava tudo!
Vi você em espasmos,
Gemidos,
E gozo.
Líquido claro,
A escorrer entre os dedos,
Descer ao longo do mastro,
E encostar em pêlos negros.
Eu só olhava tudo!...
Espasmos,
Gemidos,
Gozo,
E mastro entrando em temporário repouso.
