Meu amor verde esperança,
Traz consigo um véu de renda
E estende-o na areia branca
Macia como uma colcha
Murmurante, diz-me: vem!
Nos seus braços me lancei
Sentindo profundamente
Tanto feitiço e deleite
Barquinha afeita a seu mestre
Sentindo que lhe pertence
Mas a maré, num relance
De ciúme, de rompante
Rouba-me inexoravelmente
Os braços do meu amante
Que é de qualquer e ninguém!