Usina de Letras
Usina de Letras
17 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63262 )
Cartas ( 21350)
Contos (13302)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3249)
Ensaios - (10693)
Erótico (13594)
Frases (51783)
Humor (20180)
Infantil (5606)
Infanto Juvenil (4954)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141322)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6358)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Erotico-->17. O PASSADO SÓ VALE ENQUANTO PRESENTE -- 15/12/2003 - 07:35 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Não vou cumprir o prometido porque tive algumas idéias desde ontem tais que, se não puser no papel, poderei deixar de obter futuras fontes de reflexão bastante promissoras.

Não é que me veio à mente que todas as pessoas são o resumo de uma vida anterior (ou várias, segundo a tese espírita), servindo a experiência para que se evitem novos erros no mesmo campo, havendo até a possibilidade de se extrapolarem os conceitos para outras áreas de atividades, a chamada transferência psíquica, que aprendi nas aulas de Psicologia da Aprendizagem.

Vou logo ao ponto primacial que envolve o meu problema relativamente ao esquecimento das pessoas, apagando-se aos poucos a saudade emocional. Deixei entrever que estava ficando preocupado pelo fato de amar cada vez menos as pessoas mais importantes. Então me ocorreu que deveria haver uma lei cósmica para isso, porque, para todos os seres vivos, sempre existe a necessidade da sobrevivência, o que se encontra na doutrina sob o nome de lei da conservação, imbricada na lei de destruição.

Mas para os encarnados não poderia ser de outro modo, caso contrário, se as pessoas se apegassem demasiado à ausência dos seres amados, acabariam enlouquecendo ou suicidando-se, fatos que a literatura vem explorando desde os primórdios dos relatos orais e que se repetem diariamente na sociedade, quando sobeja desespero e falta equilíbrio.

Com esse pensamento a ruminar, deitei-me e tive um sonho verdadeiramente espantoso. Só não vou contá-lo porque apresentou alguns detalhes muito pouco edificantes, e não me parece consistente, em termos de vibração, rememorar o que não pode gerar senão ondas de baixa freqüência a ferir e a atrair os seres de categoria espiritual inferior.

Resumindo, estava no meio da mata e me deparei com um animal selvagem refastelando-se numa presa fresca. Estremeci não tanto pelo pavor de me constituir em sua próxima vítima, mas porque me ocorreu que a alegria de um era o sofrimento do outro e a tristeza de muitos.

Vejo que o resumo ficou muito chocho. Paciência! Não vou voltar atrás da deliberação de não provocar efeitos colaterais desastrosos.

Volto ao ponto inicial, para afirmar que deve existir uma lei do esquecimento, para preservação da integridade mental ou psíquica dos indivíduos. Atenuam-se os sentimentos e pensa-se que o amor diminuiu. Balela! Pura balela! Abrem-se, ao contrário, as portas para novos relacionamentos, para acréscimos de amor ao acervo do coração, como o que se dá aos pais de progênie numerosa, sempre recebendo novas almas para convívio e para a aplicação ou renovação dos votos de benemerência que devem ter sido feitos no etéreo.

Vão dizer-me que há famílias de grande prole, principalmente nas regiões mais atrasadas e miseráveis, onde o mais comum é a morte da criançada, sem qualquer ônus consciencial para os pais. Mas essa é uma situação circunstancial. Deve haver entrelaçados muitos carmas carentes desse tipo de prova. Se a gente pudesse compreender tudo o que se passa no mundo, não se teria mais necessidade de para aqui voltar.

Então, por que é que Augusto me parece ainda junto a mim, como se tivesse partido ainda ontem? É porque me escreve mensagens esclarecedoras, que me dão sossego e me fazem meditar a respeito das ações mundanas. Márcia foi uma criatura ímpar, que conduzi pela vida até seu desfecho, apagando-se a vela ao sopro de um suspirar de muito amor. Ana não consigo esquecer, porque está de corpo presente. Aposto que, se tivesse morrido, acenderia em mim certo desejo de reencontrá-la no etéreo, para orientá-la na qualidade de missionário ou protetor, porque doutrino nas sessões do centro. Meus pais me dão a certeza de que vivem sua existência independentemente de meu amor, dele não dependendo para nenhum feito sentimental, tantas foram as criaturas com as quais se envolveram e tão diferenciadas foram as nossas vivências carnais, ênfase para tudo que o Espiritismo me ofereceu em vantagem de suas quiméricas ilusões católicas.

Não sei se estou fazendo valer esta página meio improvisada para, como disse, futuras reflexões. A verdade é que estou fixando este presente, tornando-o sempre presente, porque as leituras têm o condão de transformar o passado em nova perspectiva de aplicação mental sobre os temas consignados. Esta fórmula não é a melhor, porque, se a gente evolui (e disso trago em mim completa comprovação, desde que me apliquei aos estudos religiosos), a página fica estagnada e passa a fazer, dessa forma, parte do passado e não um acicate para o presente.

Sem querer ser muito perspicaz, posso dizer que nem toda a gente se situa num mesmo grau de acuidade espiritual. O que estou escrevendo, se esquecer, será relembrado. Se houver evoluído, queimo a folha e reescrevo o tema, segundo o ponto de vista mais recente, ou seja, atualizo-me quanto às novas perspectivas que se abrirão para novas idéias. Eis que ponho à mostra mais um aspecto avançado de minhas lucubrações filosóficas, não pelo que valem pela novidade, porque devo estar muito aquém dos principais pensadores e filósofos, dentro e fora da seara espírita, mas porque renasço das cinzas qual fênix egípcia a me propiciar um contágio de esperança assaz forte, para aventurar-me a asseverar que, no etéreo, o esquecimento se desfará, como o gelo do iceberg, porque lá o calor dos relacionamentos amorosos não deverá estar preso à necessidade corpórea de renovação das aspirações da vida.


..................................................


Dois dias atrás, voltei para quebrar uma promessa. Achei que fiz muito bem, porque o tema sobre o qual discorri merece muita atenção e cabe numa obra de memórias.

O que me ativou de novo a pena foi o fato de que julgava que as vibrações poderiam ser deletérias para quem as emite e para quem as recebe. É uma verdade comezinha. Contudo, não há fugir de que o inconsciente ou o consciente sufocado, independentemente da vontade, está a interagir com o ambiente espiritual dos indivíduos, o que só pode fazer energeticamente, ou seja, por meio da emissão de correntes elétricas, magnéticas ou fluídicas, que mais não são do que vibrações. Ora, se existem no cérebro funções autônomas como existem no corpo, então não adianta muito a estreita vigilância da mente que se organiza para evitar algo sobre o que não possui domínio algum. Isto significa que as vibrações, sejam benéficas, sejam maléficas, saem em busca da concretização de efeitos no campo dos relacionamentos físicos ou espirituais.

Por outro lado, se me dispuser a falar a respeito do que me traz com tanto medo, como no sonho, cujos aspectos mais tenebrosos omiti, caso o faça com o cuidado de não melindrar ninguém (no caso dos leitores, este problema é seriíssimo), talvez até abra um canal de comunicação com determinados seres elevados, capazes de me trazer orientação precisa, para a eliminação das causas, o que mais importa nos problemas afetos à necessidade de respeitar os irmãos.

Ainda não me decidi de vez a relatar os meus dramas em toda a sua extensão. Autorizam-me, porém, os textos elaborados a reconhecer que estou deveras interessado em produzir algo de muita importância para o meu desenvolvimento espiritual. Se devo passar por alguma crise, valham-me os meus guias e protetores, pois neles deposito integral confiança.

Vou pensar um pouco mais a respeito.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui