
Imagem:blogodorium.com.br
Nas primeiras águas, berra o boi solto na manga,
corre o cavalo batendo os cascos,
atrás de uma égua no cio...
As fantasias de Talita eram coisas de mocinha virgem que jamais consegue explorar completamente os meandros da concepção. Ela criava imagens incompletas dos sete minutos de intimidade dos Castros que Morgana ouvia atrás da porta e lhe contava. Então, pensava em receber de Robert um convite para celebrar a missa no altar dos sacrifícios... E ria e chorava e conversava com o travesseiro.
Deitou-se, acomodou a cabeça, olhou para o teto e buscou por lembranças dos tempos de marista para afastar a inveja que sentia de Morgana pela amiga ter casado, e ela permanecer solteira. Enquanto pensava, ouvia no silêncio de sua imaginação a voz do quarto animal que clamava: ‘Vem Talita!’ E viu surgir o cavalo esverdeado do apocalipse seis sete. Seu cavaleiro tinha por nome Morte;e a região dos mortos a seguia com outro nome chamado pelos humanos de dengue hemorrágica. Só um mal daquela monta a impediria de ir ao casamento da Morga. O pai gracejava: “ O mal de Talita é dengue. Está dengosa minha menina. Um dia a ciência vai mudar o nome da dengue para MAL DE TALITA CUMI”. Desta vez não riu. Sentia febre, dores musculares e vontade de ficar deitada...
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Esta Obra está Registrada em nome do autor Adalberto Antônio de Lima sob o número 135897704703377000, o autor tem um Certificado Digital de Direito Autoral que atesta este registro.
Sete Faces Congeladas -- 2013-01-23 - 19:37:27 (Adalberto Antônio de Lima) |

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