Para Milton Filho
e Maria do Céu...
com carinho,
Adalberto
Lima.
PARALELISMO X PLÁGIO
Plágio é cópia da arte,
paralelismo, porém,
um bimbalhar de sinos
como vozes de meninos,
a cantar no mesmo tom.
É eco da arte
um som à parte
é arte díspar.
“A poesia alheia me seduz.”
Diz Milton Filho - réu confesso
- “É deste coito literário
que nascem meus versos.”
E POR FALAR EM POESIA
'A poesia está, antes de tudo, na SIMPLICIDADE... Na LEVEZA e CLAREZA das palavras. Na SONORIDADE do RITMO tranquilo ao sabor de uma RIMA aqui, outra acolá... No PARALELISMO das idéias (...) O vocabulário que usamos, está intimamente ligado ao nosso intelecto, às vivências e, antes de tudo, às experiências individuais que temos. As PALAVRAS, assim como cores, podem dar à obra de arte onde aparecem um 'tom' inteiramente mágico... Basta para isto saber combiná-las, dar-lhes o refinamento adequado, no lugarzinho certo...Idéias iguais, roupagens diferentes...' (Milazul)
(...)
É VERO, É VERÍSSIMO! É DRUMMOND SEM ESCRÚPULOS, SEM AS(P)AS
...Sou um gigolô das palavras. Vivo às suas custas. E tenho com elas exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que eu conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras.... Não me meto na sua vida particular. Não me interessa seu passado, suas origens, sua família nem o que outros já fizeram com elas. Se bem que não tenho o mínimo escrúpulo em roubá-las de outro, quando acho que vou ganhar com isto. As palavras, afinal, vivem na boca do povo. São faladíssimas. Algumas são de baixíssimo calão. Não merecem o mínimo respeito.( Luís Fernando Veríssimo)