Fico pasmo quando vejo uma criança de sete anos configurar um celular, navegar na Internet, jogar joguinhos que exigem grande perspicácia do operador. Parece-me que estamos “queimando” etapas da vida. E isso não é bom para formar a personalidade do futuro cidadão.
Crianças, enquanto crianças precisam viver como criança, brincar como criança... As coisas sérias e perigosas, devem ficar para os adultos (que as criaram).
Meus filhos e netos, jamais ganharam armas de brinquedo como presente de Natal, de aniversário ou sob qualquer pretexto... Não se pode banalizar a vida... Não se pode inculcar violência no ingênuo mundo imaginário das crianças.
A todo momento nos diversos canais de tevê, em Games e nos DVDs, nossas crianças entram em contato com heróis violentos.
A tecnologia do mal avançou de tal forma, que a simulação da vida e da morte parece verdadeira: supostamente em defesa dos mais fracos, falsos heróis ferem e matam 'inimigos'.
A vida enfim, não tem valor, é como se fôssemos apenas bonecos falantes, desprovidos de qualquer sentimento humano.
Ninguém nasce com capacidade para o bem ou para o mal... As pessoas se capacitam, para exercer algum papel na sociedade – disse certa vez Maria do Céu.
A educadora sabe muito bem o que diz. Olavo Bilac também: “Não nasce a planta perfeita, não nasce o fruto maduro... E para ter a colheita, é preciso semear...” Semear boa semente, semear com qualidade...
A questão é bastante polêmica e não caberia numa folha de papel. Precisa-se de livros, muitos livros que contribuam para a boa formação da personalidade das crianças e de programas televisíveis que promovam a cultura do BEM, sem ter que combater o MAL. O MAL É A AUSÊNCIA DO BEM. O mal existe porque o bem está em falta...
A literatura infantil, por exemplo, carece reforma. Não podemos continuar vivendo as aventuras dos irmãos Grimm; agora projetadas e adaptadas para o MAL.
Aqueles, pois, que têm na criança seu público- alvo, jamais se esqueçam que podem gerar vida ou morte, gerar a violência ou a paz... Podem arrebanhar adeptos para o BEM ou para MAL.
Por onde anda a TURMA DO BEM? A tevê que você vê, não mostra o trabalho do professor André Polidoro, nem dos palhaços “Patati e Patatá”. As gravadores de renome e as famosas editoras, também agem do mesmo modo...