Hoje, em um café, vi uma adolescente escrevendo em um caderno, talvez seu diário, talvez confidências.
O ar sério e sofrido da adolescente, sua concentraçào (e a lembrança de que eu também tenho um diário e que às vezes me sinto adolescente) tornavam a escrita dela algo muito doloroso. Pelo menos para mim, parecia que ela escrevia com o próprio sangue.
Um sangue ralo talvez, talvez de veias superficiais, um sangue venoso, já aproveitado pelo corpo. Afinal, ela era adolescente.
Mas ainda assim sangue. Mas ainda assim algo essencial para ela.