Tenho a segura convicção de que o ensino que, além da diversidade de matérias que ministra, não se preocupa fundamentalmente em desenvolver a capacidade de auto aprendisagem nos educandos, de muito pouco valerá em termos de futuro, cada vez mais assaz galopante em todos os domínios. Ora então não é soer dizer-se que se anda uma vida inteira a aprender para afinal de contas se saber quase nada?!

Assim, para que se faça e tenha consciência aproximadamente fundamentada sobre a origem, consecussão e exactidão (!!!!) dos quatro calendários que, nos diversos pontos do globo, regem temporalmente a actual humanidade, apresento uma equiparação muitíssimo simples de entender. Foram aparecendo e implantaram-se em idêntica medida tal como se aprende a andar de bicicleta: monta-se, cai-se, remonta-se, oscila-se e, quase a cair, consoante se ganha o hábito e a confiança no equilíbrio, lá se segue avante em pedalada regular.

Embora o segundo milénio para muitos estudiosos e entendidos só acabasse em 2001, porque o nosso calendário, concebido no século VI pelo monge Dionísio, o 'Pequeno', iniciou a contagem no ano 1 e não no zero, ano do nascimento de Jesus Cristo (o zero ainda não fora inventado), para o efeito em apreço e mais fácil aritmética miolar considero como referência o ano 2000, momento que muito pouco diz às outras civilizações, sobretudo aos povos orientais que utilizam outros calendários diferentes do usado no mundo cristão.

No Oriente, a contabilidade do tempo inicia-se em datas anteriores àquela que se presume tenha nascido Cristo. As unidades de tempo e suas denominações também são diferentes, conquanto os movimentos do Sol e da Lua determinem e sejam comuns a todos os calendários.

Pelas ilustrações que insiro, colocado o raciocínio num imaginado ponto de partida e equacionadas as dúvidas que se debatem entre religião, política e ciência, o Leitor tem pois oportunidade de, sobre tão emaranhada questão em face do babélico imbróglio que ainda hoje persiste, caminhar por si, aprofundar a meditação e por aí retirar as ilacções que porventura se lhe suscitem.
No meu caso pessoal, olho para o espaço e, partindo do inquestionável princípio de que tudo-tudo tende a bolear, não consigo fisicamente determinar o começo e o fim do que quer que seja (tudo começa e acaba permanentemente). Quedo-me tão só persuadido de que a inteligência está ainda muito longe de atingir sequer um esclarecimento razoável, ainda e mesmo que um dia destes apareça um penis isolado que auto se masturbe, engravide dos testículos e dê à luz tal e qual como faz chichi...
António Torre da Guia