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Ensaios-->11.09.2004 = Em nome de... Se vai ali... E ACOLÁ !!! -- 09/09/2004 - 09:00 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Rir com lágrimas nos olhos... Para não chorar em face da impotência...





Você aí, sim, Você aí, não me diga que é incapaz de dizer a mesma coisa por vinte formas diferentes?!... Não me diga que, se puxar pelos neurónios um pouquinho, não consegue dizer 'sim' a alguém, significando a afirmação um bem indefinido 'não'?!...

Sob a perspectiva enunciada, presuma, a governação da Rússia desmembrada, na exemplar senda do actual inclino da Casa cada vez menos branca, acaba de anunciar aos quatro-ventos que as suas forças intervirão em qualquer parte do mundo onde se vislumbrem ninhos e ninhadas terroristas...

Você aí, sim, Você aí, não me diga que, em face de tal anúncio, o senhor Putin não poderá ter numa das suas gavetas o plano faseado da conquista hodierna do Brasil?!...

Brevíssimo, vou contar-lhe uma anedota - uma anedota muitíssimo 'idiota' como é de meu timbre - mas cujo conteúdo verte algo bastante objectivo no efeito.

Por volta do ano 1104, em Guimarães, o princípe Afonso Henriques resolveu fugir de casa, ou mais propriamente do castelo que nessa altura estava ainda em construção. Sua mãe, aflitíssima com o disparate do precioso herdeiro, mandou seus cavaleiros à procura do filho.

Procura ali, procura acolá, a teresina soldadesca foi indo pela Lusitânia abaixo, até que finalmente o menino foi encontrado no Algarve, e logo quando se preparava para lançar-se ao mar em direcção a Marrocos, como um ror de tempo adiante tão bem exemplificou Dom Sebastião.

Enfim, à volta de 800 anos após, há quem diga no Paço que foi assim que os portugueses abriram caminho para conquistar toda a ponta da Península Ibérica aos mouros.

Agora, que leu o pedacinho de texto que concebi, diga lá, estimadíssimo Leitor, se logrei ou não, designar brilhante, pomposa e honrosamente, dois inequívocos assassinos, entre tantos mais, do mundo hodierno?...

De resto, é assim que a história funciona. Há gajos que levam a vida inteira a matar os outros, os anos passam, o pó de ouro entranha-se na memória, o crime e as vilanias esquecem-se, e então um manhosão cronista, a soldo do sistema dominante, determina: Dom Afonso Henriques, o glorioso conquistador...

Vou deixar aqui uma velinha acesa e uma singela rosa por alma de todos aqueles que morreram na intensa e imensa confusão dos tempos e, pensando no 11 de Setembro de 2004, em Bush e em Putim - desculpem-me - sigo de imediato para a sanita com uma vontade imparável de fazer cocó aguado...

E se escrevo - creiam firme - escrevo sobretudo em nome desta gente tão bonita que me enternece, maravilha e de quem eu gosto tanto-tanto: as crianças, minhas latentes esperanças, mesmo sem saber para quê !...





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