Poeta Tecnológico III - Inteligência Artificial metafísica.
Esquivei-me do emanatismo fanático
Nunca pretendi mudar as leis ortodoxas
Quis mesmo irmanar-me entre tuas coxas
Mulher. Tornei-me um desregrado lunático
Esse amor irremediável
Pela mulher e vida foi a minha cura...
Extirpou o meu genoma maquiável...
Fazendo-me poeta de letras púrpuras
Mas o poeta tecnológico procustiano
Demanda o leito alheio como tirano...
Vive preso no seu pseudo imanentismo...
Ciência reverberada pela luz do mimetismo...
Neste ergástulo de sol contido
Envolve-se nessa nociva luz efêmera...
Em seus pensamentos tácitos...
A morte impúbere o poeta revera
Sinto o poder de minhas mãos emanar
Num desejo promíscuo de imantar...
Todos os séculos em um século somente...
Entretanto com universo não sou imanente...
Resta-me então, apenas fotografar...
E taciturno amar, admirar... rezar...
Para esse poeta tecnológico e lépido...
Não ser em si o próprio pródito:
Fabricante em série da produção clonada...
Historiar a vida em mecânicos úteros...
De suas próprias mãos, imortalizar-se adultero ...
No seu corpo o estigma de Huxley; e su’alma profanada!