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Ensaios-->Meio Ambiente -- 06/06/2003 - 20:57 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Dia Mundial do Meio Ambiente
(por Domingos Oliveira Medeiros)


Mais uma semana de comemorações voltadas para a temática ambiental. Mais uma série de eventos, no meu modo de ver, tímidos. Muito aquém da importância de que se revestem as ações voltadas para o trato de questões que dizem respeito à natureza e as influências que atuam sobre os organismos vivos e os seres humanos.

Não soube de nenhuma ação pragmática, por parte do governo, no sentido, por exemplo, de inibir e combater, com maior rigor, o tráfico de animais de nossa rica fauna.

É vergonhoso o que está acontecendo. E não é culpa deste governo, apenas. O descaso vem de longe. A ponto de nós, brasileiros, termos que engolir verdadeiros “micos”, por conta do vexame internacional a que estamos sendo expostos.

O princípio ativo, para a fabricação de drogas para controle da hipertensão arterial, é bom exemplo. Ele é extraído da jararaca, um ofídio natural de nossas matas e florestas. No entanto, as pessoas acometidas daquele mal, obrigam-se a comprar remédios importados, a custos elevados, que são fabricados na Suíça, onde não existem jararacas.

Para se ter uma idéia, apenas no ano passado, a indústria Suíça de medicamentos anti-hipertensivos, que detém o registro da patente daquele insumo industrial, obteve um ganho estimado em cerca de R$500 milhões de dólares com a venda dessas drogas.

Do mesmo modo, em relação a flora, o governo também anda a passos de tartaruga. Bom exemplo é a questão do cupuaçu. Perdemos a corrida para os japoneses, que, também, patentearam o direito de exploração daquela fruta tipicamente brasileira. Que nunca existiu sob o sol nascente do povo de raça amarela.

Assim, a descoberta da Embrapa, que resultou na fabricação de um delicioso e energético chocolate, produzido a partir daquele fruto, não pode ser comercializado; Teria, tal propósito, de ser precedido de prévia autorização dos japoneses.

E, neste ritmo, de jararaca em jararaca, de ararinha azul em ararinha azul, de sapos em sapos, o Brasil vai aumentando a lista e a quantidade de animais e aves em processo de extinção; que são contrabandeados para o exterior, com os mais variados objetivos, sem que as autoridades brasileiras marquem presença “agressiva” em relação ao problema.

Enquanto nossas aves e animais são torturados e mortos, e algumas espécies conseguem chegar vivas às mãos de compradores inescrupulosos, o Brasil vai repetindo a retórica de que possui a melhor legislação ambiental do planeta. Como se a legislação, por si só, fosse suficiente.

A bem da verdade, tratamos a questão ambiental com um certo romantismo. Entrevistando crianças, que se repetem nos discursos ditados pelos professores: “que devemos cuidar do ambiente, pois é bom para todos nos”. “Que os pássaros são bonitos”. “Que os rios não foram feitos para servirem de lixeira de pneus de carros velhos, fogões enferrujados, e coisas do estilo”.


A questão ambiental, num país de biodiversidade fantástica como o nosso, bem que poderia, a exemplo de sua legislação, exercer ação fiscalizadora e combate mais rigorosos a todos os tipos de desvios e desmandos que depõem contra a vida e à própria natureza.

Chega de poluir nossos mares, nossos rios e o ar que respiramos. Vamos cuidar melhor de nossa flora e de nossa fauna. Vamos tratar melhor a nossa água. Vamos incentivar a pesquisa científica, de modo a explorar, racionalmente, a nossa riqueza natural.

Não vamos permitir que o crime do contrabando de animais, aves, madeiras e tantas outras riquezas, cresça e se organize em função da ausência do Estado. Depois será tarde demais. E a Amazônia, e tantos tesouros ecológicos, não existirão, ou não serão mais nossos.

Domingos Oliveira Medeiros
06 de junho de 2003









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