Em nome da cidadania, em nome de todos os fundamentos éticos e morais, além dos institucionais, que se inspiram ou devem se inspirar naqueles princípios, faz-se necessária uma auditoria em toda a documentação do Ibope relativa às pesquisas eleitorais na Bahia. Repetidas vezes, em eleições anteriores, os índices apresentados por este instituto de pesquisa de opinião não coincidiram com o resultado de urnas. E (mero acaso) sempre favorecendo o grupo político que detém o poder em nosso Estado.
Foi assim nas eleições anteriores, inclusive nas municipais, especialmente em Salvador, quando abertas as urnas, em duas oportunidades, Nelson Pelegrino quase iria a segundo turno, enquanto o Ibope divulgava a eleição de Imbassahy no primeiro turno e de forma disparada.
Agora foi com a disputa majoritária (governo e senado). O candidato governista aparecia com índices acima de 50%, enquanto Wagner, candidato da coligação PT/PCdoB/PV, aparecia com apenas 18% dos votos válidos. Com a “abertura” das urnas, o candidato oposicionista dispara quase 40% na preferência do eleitorado. Foi margem de erro? Não. Foi indução criminosa para desestimular o eleitorado a votar na chapa oposicionista.
É necessário que os segmentos comprometidos com a democracia (e não só no discurso, mas, sobretudo, na ação) façam um verdadeiro levante para analisar, denunciar e exigir providências, dentro da legalidade, para que não sejamos nós, baianos, e a Bahia, berço histórico de tantos heróis libertários, vítimas constantes e continuadas do que há demais retrógrado e atrasado num país que, apesar dos avanços da resistência, continua retrógrado e atrasado. Vamos salvar, pelo menos, nossos filhos.
Tenho, decerto, como consolo que a banda boa da Bahia vai continuar resistindo.