Talvez por influência do texto Capitão Rodrigo eu tenha começado a fantasiar a mulher.
Érico Veríssimo descreve a chegada dos alemães ao povoado, parando na figura alva de Helga.
É onde Rodrigo deposita seus olhos ávidos de sexo, novas mulheres, novas aventuras.
É onde Bibiana encontra seu desespero.
A mulher com carne branca, perversa no sentido da sexualidade reprimida de Bibiana, que terá mais uma mulher para roubar seu homem, já infiel por natureza.
A mulher de pela alva e espírito louco, completamente desvairada sob ou sobre cobertas, camas, ambientes impróprios ou não.
Foi assim que a percebi, num momento de distração.
Surgiu por acaso. Parou no meio do caminho entre meus olhos e a grande multidão.
Segurava um livro qualquer. Carregava uma bolsa.
Alva. Estimulando meu subconsciente a rebuscar a leitura pueril de Helga.
Helga que amava Rodrigo nas margens das lagoas de Santa Cruz do Rio Pardo.
Mulher fogosa para um guerreiro nato.
Fogosa criatura com acessórios intelectuais.
Branca e fogosa.
Ah, Bibiana. Tinhas razão. Helga branca desperta o lado sombrio de minhas paixões. Não que não te amasse Bibiana. Mas Helga representava a dualidade. Sua pele branca e meu obscuro desejo de macular a pele associada a pureza.
Eu e Helga. Eu e você Bibiana! Com Helga a luta. Com você o repouso, a paz, segurança.
Me perdoe Bibiana pela voracidade que Helga me desperta.
Helga me arrasta, me arrasa, me incendeia com seus delírios. Bibiana, te peço perdão um dia.
Estou com Helga. Às vezes contigo. Estou vom vocês duas o tempo todo.
Mas Helga me queima. E disso eu gosto.