Às vezes, a pobreza de espírito, é tão importante e valiosa para alguns, que suplanta, pela força e desacerto os verdadeiros valores que nos regem.
A força e a grandeza que nos dirige foi forjada ao longo de um grande tempo. Tão longo que atravessa gerações. O tempo nos aprimora, depois, para que possamos enfrentar outro tempo, do qual desconhecemos.Essa realeza mística atravessa séculos.
Ninguém é senhor dos outros. Mal é senhor de si próprio. Você não pode julgar sua verdade pela verdade dos outros. Cada um tem seu próprio início e fim. Cada um tem um acerto. Outros porém, chamuscados pela agonia, penam em vida pelo que fizeram ou irão fazer. Ninguém escapa incólume da fúria e da retórica da natureza. Se o fez, há de pagar.
Conheço homens incríveis, de inteligência fora do comum, de uma lapidez de pensamento inigualável, de um raciocínio formidável. Colocados à prova da vida, senzariaram pela volúpia do dinheiro e da trivialidade. Deixaram muitos para trás, pobres e enganados; com seu poder usaram um contra o outro e foram vitoriosos. Hoje, passado o tempo, vejo-os vítimas de desastres interiores tão horríveis e penosos.Dores formidáveis os assolam; a tristeza os abate, os amigos os deixaram. Muitos morreram em poluposa dor, outros em vida, esquecidos e abatidos, clamam, em seu interior, por uma simples e verdadeira amizade. Apesar de ricos, são pobres. Creio que a natureza cuidou de acertar seu ritmo e balizar simples detalhes para que a vida continue. Outros virão, certamente. E a corrente da justiça voltará à sombra de sua espada para que os novos centuriões que nascem para vida como um gemido curto de sabedoria disfarçada, saibam o jugo da verdade que, mas cedo ou mais tarde, os abate.Vítimas do própria pólvora!