Acredito eu, como observador leigo, que as duas hipóteses são verdadeiras.
Foi agora pela manhã, lendo a reportagem sobre a situação do senhor Orlando Lovecchio, que teve a perna e amputada pela explosão de uma bomba defronte a um quartel do exército, nos idos de 1968; que atentei para a realidade desta, dita, Democracia. A situação em que este Estado, chamado de Direito, mantém este cidadão, é revoltante.
Os anos se arrastam, ele envelhece, se desespera e continua perdido, nesta selva intrincada, em que transformaram as normas jurídicas, propositadamente. Quando o cidadão, em busca de seu direito, pensa ter se desvencilhado do último liame, outros tantos já terão sido criados para impedir-lhe a marcha.
É uma selva tão densa que, só obtém sucesso na caminhada, o viajante que possa contratar um guia abalizado. E estes, custam caríssimo ! Muitas vezes conseguem auxiliar na caminhada, após romperem ou, sobrepujarem alguns desses empecilhos legais, à custa de mágicas.
É exatamente esta, a figura que se pode ter, do Estado atual. Uma floresta, protegida por um emaranhado crescente, de cipós.
Espaço e privilégio de alguns poucos, mentores deste cipoal, criado às suas expensas, para seu gáudio e de alguns pares.