Já partiu o velho companheiro.
Parceiro de muitas noitadas na beira do cais; noitadas de trabalho no porto., duras noitadas sob chuva e frio também. Noitadas de um tempo onde elas começavam quando o sol era poente e, muitas vezes só terminavam quando ele surgia a nos cumprimentar, vindo nascente.
Quantas cervejas e uísques divididos em outras noitadas; noitadas inocentes ao som de um outro velho companheiro meu, que lhe presenteei em véspera de Natal.
Partiu ! deixou saudades, amores e, um velho violão que tanto quis. Deixou também, em repouso permanente - lá pras bandas de Monte Alegre - uma veste temporal já surrada pelo uso, cansada e molhada, de muito sereno, suor e lágrimas.
O sol, viu-o nascente, lá no sertão ( um Sertãozinho ). Aqueceu seus dias, a maior parte, à beira mar. E, ao vê-lo poente na serra, foi lá saudar.