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Discursos-->9. O CAMINHO DO DESPRENDIMENTO -- 10/06/2002 - 11:51 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Os fatos precipitaram-se. A humanidade desarvorada clama por período de paz no mundo. Nem sempre, no entanto, esse clamor encontra eco nas forças do espaço espiritual, uma vez que são de interesse imediatista os rogos. A clemência divina não se dá somente nos momentos de grande crise, mas se dissemina em amplitude de grande serenidade por todos os tempos e épocas. O momento é transitório, mas a perpetuidade dos atos não permite que se possam transgredir as leis imutáveis do universo.

O expediente da fé não se limita ao coração. A fé se expande e atinge as almas dos que se detêm na ignorância da descrença, abalando as raízes mais céticas do racionalismo materialista. É evidente que esse trabalho é demorado. Não se faz de um momento para outro, como os homens desejariam. E esse ministério de amor tem de brotar da pureza das intenções, em busca contínua de felicidade espiritual, o que fornecerá suas bases sagradas.

O desapego às coisas materiais não é atitude de pouco mérito, pois exige sacrifícios. A transformação dos hábitos, principalmente o renegar dos que propiciam prazeres, é dificultosa. A carne solicita. O homem não tem freios que possam evitar os impulsos da matéria em sua forma mais rudimentar, como a fome, a sede, a prática sexual, por exemplo. Nem seria possível agüentar por muito tempo sacrifício tão oneroso. Não é isso que estamos pedindo.

Nossa luta consiste em fazer a humanidade compreender que os excessos desencaminham, afastam da trilha da luz divina. Os excessos não são naturais. Examinem a natureza. Vejam como os animais são comedidos em sua existência realizada em reflexos. A vida humana tem de se realizar do mesmo modo. Não se envergonhem de se assemelhar aos animais, quando se trata de agir naturalmente, para a satisfação de desejos meramente carnais.

Não transformem, porém, esses impulsos primitivos, próprios da encarnação, em volúpia, o que gera o desencontro das almas na procura de ideais de vida. Ao se instituir a gula como objetivo de realização, o homem perde parte de sua consciência. Ao se almejar vida de completa satisfação sexual, o homem deixa de executar tarefas de purificação que elevariam seu espírito no conhecimento da luz benigna que se expande no universo. Ao se transformarem os meros desejos de um minuto em angustiosa expectativa de vida, o homem renega a vida maior, que lhe abre perspectivas intemporais de felicidade.

Está difícil antever um futuro mais remoto da humanidade. É por isso que estamos vindo prescrever atitudes morais para comportamento mais sadio visante a objetivo de salvação, de redenção. Caberá a cada um superar os mesquinhos desejos de realização, que desviam para a materialidade sem limites. Incluam-se nessa atitude até mesmo arrebatamentos de fé cuja destinação esteja destituída completamente de base moral. O homem chega até a rogar à Divindade solicitando dinheiro. E cada vez mais se vê isso. E para quê? Para satisfação de desejos espúrios, ignominiosos.

O dinheiro, irmãos, é dádiva celeste, sem dúvida, porque nasceu da inteligência humana, como sábio recurso para a transformação do trabalho em bens e riquezas. Mas esses bens e riquezas, cada vez mais desejados, são materiais. Apliquem bem as riquezas que possuam, fazendo-o com amor ao próximo. Só assim essa riqueza terá sentido e o dinheiro adquirirá o valor moral que deve ter. A loteria é boa, se o fim a que se destina for pleno de sabedoria. É meio de tirar o que excede de uns para distribuir para os que são carentes. No entanto, o desejo imensurável de riqueza fácil, que as loterias estão insinuando nos homens, está perturbando todo o processo de transformação do trabalho em bem, em uma deformação dos objetivos iniciais da criação simbólica do valor que representa o dinheiro.

É por isso que o trabalho desvinculado do ganho financeiro está sendo propugnado por nós. É preciso que se compreenda que trabalhar por amor ao próximo significa a redenção. Não é necessário abandonar os serviços materiais, que proporcionam as bases de manutenção pessoal e da família. Faz-se mister, no entanto, dedicar tempo ao auxílio desinteressado, qualquer seja o campo de trabalho escolhido.

Por amor aos homens, Jesus se fez homem e padeceu o suplício da carne. Seu espírito de luz de grande magnitude não precisaria expor-se ao sofrimento carnal. Mas o exemplo dado é para ser seguido, evidentemente nas dimensões do poder de cada um.

O trabalho não tem fim. Quem não trabalhar agora, terá de fazê-lo mais tarde, com intensidade maior, pois o descaso de muitos gera preocupação crescente em poucos. Não pensem que esses poucos poderão regenerar todas as almas. O Cristo sacrificou-se inutilmente para muitos. Seus ensinamentos, como ele mesmo disse, não frutificaram, por terem encontrado areia, pedras, espíritos empedernidos, renitentes no mal. Desse modo, irmãos, preservem cada um o seu bem-estar moral, que só advirá do serviço aos outros, na pura intenção de conduzi-los ao entendimento da verdade. Reneguem os pequenos excessos. Morigerem os seus hábitos. Atenuem os seus apetites. Desestimulem os seus arremessos desmesurados. Façam crescer o seu desprendimento e engrandeçam a sua voracidade pelos bens e riquezas morais. Sejam ambiciosos, mas de purificação e de luz.

Bem-aventurados os que trabalham, pois deles será o reino de Deus!

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