Intolerância e Arrogância
(Domingos Oliveira Medeiros)
Todas as nações deveriam cuidar de sua imagem junto à comunidade internacional. Dessa imagem depende, em muito, o sucesso em vários segmentos das relações internacionais. A projeção de imagens de prosperidade, de tranqüilidade e de belezas naturais podem, por exemplo, render dividendos econômicos, atraindo capitais e investimentos diversos e aumentando o fluxo de turistas, o que é bom para a economia. Infelizmente, não parece ser esse o caso dos EUA, sob a liderança controvertida de Bush. O ator Morgan Freeman foi recebido em Palácio, pelo presidente da República, e não deixou por menos. Ansioso por ser atendido, produziu algumas gracinhas. Olhou para o relógio, ensaiou caretas de insatisfação com a demora no atendimento e produziu gestos imorais.. Imitou micos e macacos, colocando as mãos na altura da braguilha, demonstrando arrogância e pouco caso em relação ao nosso país. Se ele tivesse um tempinho para conhecer mais do Brasil, saberia que nosso astro maior, o rei Pelé, mundialmente mais conhecido do que ele próprio, inclusive no seu país, jamais se deu a tamanho disparate. Se ele não fosse um bom ator, poderíamos até pensar que ele estivesse representando uma cena no zoológico, onde ele, por sua atitude e gestos, estaria do lado de dentro da ilha dos macacos. Finalmente, temos que concordar: trata-se de um grande ator.