No Rio de Janeiro, cavalos, burros e éguas, que puxam carroças na labuta diária, terão jornada de trabalho de 44 horas, com descanso semanal remunerado, horas extras, férias e outros benefícios, garantidos na forma de lei. Em São Paulo, cães e gatos terão registros cadastrais em suas coleiras (porque não crachás?) e, como qualquer cidadão, ganharão identificação semelhante ao RG dos simples seres humanos. Parece que o governo deixou de tratar gente como cachorro e passou a tratar cachorro como gente.
A dúvida é se, no Rio, os animais poderão constituir advogados para lutar por seus direitos, à luz da Consolidação as Leis do Trabalho. E, em São Paulo, se a carteira de identidade ensejará a aquisição do Título Eleitoral. Caso positivo, muito em breve teremos alguns burros, cachorros e gatos como nossos legítimos representantes, literalmente.