Tuma Jr balança a república, confirma que Lula era informante do DOPS e 
	diz que possui provas sobre todas as denúncias 
	 
	Por Carlos Newton - Tribuna da Internet em 04 Fev 2014 
	 
	O programa Roda Viva começou morno, mas foi enquentando no decorrer do 
	período, até começar a cozinhar o PT, Lula, Gilberto Carvalho, Dilma Rousseff e 
	companhia limitada. No final, a panela de pressão estava realmente fervendo, e o ex-secretário 
	nacional de Justiça e ex-delegado federal Romeu Tuma Jr. aproveitou para anunciar que está 
	escrevendo o segundo livro da série "Assassinato de Reputações". 
	 
	Entre os entrevistadores, dois estavam a favor dele – o apresentador 
	Augusto Nunes e o colunista Ricardo Setti, do site da Veja. Os demais estavam 
	flagrantemente tentando demolir Tuma Jr., que pesa uns 120 quilos e é duro na queda. Os jornalistas 
	Mário Cesar Carvalho, da Folha, Eugenio Bucci e Fernando Barros, ambos do Estadão, e a 
	historiadora Cristine Prestes tentaram fustigar o entrevistado, mas ele absorveu bem os golpes e 
	respondeu de forma irrefutável as perguntas, portando-se com muita firmeza. 
	 
	No início, o programa foi uma chateação, porque o entrevistado só se 
	preocupava em explicar a montagem das acusações contra ele no episódio da chamada máfia 
	chinesa. E tanto fez que acabou demonstrando que realmente foi vítima de uma armação. No final, 
	Tuma Jr. conseguiu fazer um estrago na reputação de muitos petistas, especialmente Gilberto 
	Carvalho e Lula. 
	 
	NINGUÉM PROCESSA... 
	 
	O programa começou com o apresentador Augusto Nunes afirmando que Tuma 
	Jr., no livro, faz pesadas acusações contra importantes autoridades brasileiras. E 
	perguntou se o ex-delegado já está sendo processado por alguém que tenha sido alvo de 
	suas denúncias. 
	 
	Tuma Jr. respondeu que até agora ninguém o processou. "O que houve é que 
	fizeram ameaças a mim e a minha família, mas processo mesmo ninguém abriu", 
	assinalou, explicando que nenhum dos acusados deve processá-lo porque isso daria margem à 
	abertura de uma investigação judicial, na qual ele poderia apresentar provas da 
	veracidade de suas denúncias. 
	 
	Em seguida, Mário César Carvalho lembrou o caso da máfia chinesa, e Tuma 
	Jr. passou a explicar esse episódio, que foi o grande motivo para a preparação do 
	livro, destinado a reparar os danos à sua imagem de homem público. 
	 
	O segundo entrevistador, Ricardo Setti, puxou o assunto do assassinato 
	de Celso Daniel, mas Tuma Jr. continuou falando sobre a armação que fizeram contra ele, 
	grampeando seus telefonemas durante dois anos e depois vazando para a imprensa seu 
	suposto envolvimento com criminosos. 
	 
	"No único grampo divulgado, eu apareço falando com o denunciante do 
	caso, mas fizeram parecer na imprensa que eu estava me comunicando com algum integrante de 
	uma quadrilha", explicou, dizendo que não existia a tal máfia chinesa, nunca abriram 
	inquérito contra ele e o depoimento que prestou à Polícia de São Paulo simplesmente sumiu. 
	 
	ESTADO POLICIAL 
	 
	O entrevistador seguinte, Eugenio Bucci, perguntou sobre as 
	irregularidades na Polícia Federal denunciadas no livro. Tuma Jr. então confirmou as acusações, dizendo que 
	o Brasil está vivendo num Estado policial, que não pode continuar. Disse que a Polícia 
	Federal está "instrumentalizada" pelo governo e tem extrapolado suas obrigações, ao 
	usar seus serviços de inteligência com objetivos partidários, para prejudicar adversários 
	políticos. 
	 
	Logo depois, Fernando Barros perguntou sobre o caixa 2 da prefeitura de 
	Santo André e o envolvimento do ministro Gilberto Carvalho, secretário-geral da 
	Presidência da República. 
	 
	Indagou se Tuma Jr. tem provas das acusações. 
	 
	O ex-delegado confirmou rapidamente as denúncias, dizendo que Carvalho 
	era mesmo o encarregado de recolher a propina. E voltou a se defender das acusações 
	sobre a tal máfia chinesa. 
	 
	A entrevistadora Cristine Prestes insistiu em indagar se Tuma Jr. tem 
	provas, pois isso não ficara claro na resposta anterior dele a Fernando Barros. Para variar, o 
	entrevistado continuou dando mais detalhes sobre a armação feita a propósito da máfia chinesa e 
	disse que pediu para ser investigado na Comissão de Ética do Planalto, onde foi 
	considerado inocente por unanimidade. Por fim, a respeito das provas, disse apenas que 
	apresentará os documentos assim que alguém ousar processá-lo. 
	 
	CENTRAL DE DOSSIÊS 
	 
	Depois do intervalo, Augusto Nunes indagou se a "central de dossiês" 
	denunciada no livro continua funcionando. 
	 
	"Bem, não estou mais lá, mas acredito que ainda estejam fazendo isso, 
	porque continuam realizando investigações irregulares através do Serviço de Inteligência 
	da Polícia Federal", comentou. Disse que, na época em que constatou essas distorções, chegou 
	a alertar o ministro da Justiça Tarso Genro, que lhe respondeu que isso era normal. 
	 
	O ex-delegado disse então que Polícia federal está instrumentalizada 
	pelo governo e tem usado poderes de polícia judiciária, fazendo inquéritos sigilosos, sem 
	dar acesso aos advogados das pessoas investigadas e agindo movida por interesses 
	político-partidários. 
	 
	GRAMPO NO SUPREMO 
	 
	Em seguida, Mário Cesar Carvalho tentou desmentir Tuma Jr. sobre o 
	grampo no Supremo contra Gilmar Mendes e outros ministros. Disse ter entrevistado o agente 
	da Polícia Federal citado no livro, que lhe negou ter ido a Brasília atuar no STF. A essa 
	altura do programa, parecia que pela primeira vez algum dos entrevistadores enfim conseguira 
	derrubar uma das acusações do ex-secretário nacional de Justiça. 
	 
	Mas Tuma Jr. se saiu bem. Confirmou que houve mesmo os grampos no 
	Supremo e disse que o agente da Polícia Federal mentiu ao ser entrevistado por Carvalho. 
	Para provar, exibiu um documento de requisição de passagem para Brasília em nome do tal agente. 
	Depois, assinalou que a Polícia Federal grampeou não somente os telefones fixos do 
	Supremo, como também os celulares dos ministros. 
	 
	CASO CELSO DANIEL 
	 
	Aí o programa esquentou de vez, porque Tuma Jr. então se alongou sobre 
	assassinato de Celso Daniel em 2002, quando era prefeito de Santo André e coordenava a 
	campanha de Lula. 
	 
	O ex-delegado disse ter feito fotos do cadáver de Celso Daniel, 
	mostrando que ele sofrera tortura, porque havia marcas nas costas. Assinalou ter conseguido 
	desvendar o crime e até fez um acordo de delação premiada com o suposto assassino, mas no dia 
	seguinte ele foi morto na cadeia, antes de prestar depoimento. 
	 
	"Depois disso, fui afastado do caso, sob alegação de que o inquérito 
	seria conduzido por uma delegacia especializada", ironizou. 
	 
	E confirmou que o hoje ministro Gilberto Carvalho era o encarregado de 
	receber a propina da Caixa 2 da Prefeitura de Santo André, dizendo que isso lhe foi revelado 
	pessoalmente por Carvalho, em 2010, e o ministro chorou ao lhe fazer tal confissão. 
	 
	ACUSAÇÕES A LULA 
	 
	No final vieram as acusações ao ex-presidente Lula, que eram aguardadas 
	desde o início do programa. Tuma Jr. disse que foi nomeado para a Secretaria Nacional de 
	Justiça na cota pessoal de Lula, a quem conhecera como líder sindical no regime militar, 
	quando trabalhava no DOPS e Lula era informante e muito ligado ao seu pai, o então delegado 
	Romeu Tuma, que depois entrou na política e virou senador. 
	 
	Garantiu que Lula sempre foi próximo aos militares e citou um episódio 
	ocorrido numa reunião, quando a advogada Terezinha Zerbini, fundadora do Movimento Social pela 
	Anistia, defendia os direitos de militantes metalúrgicas perseguidas pelos militares e 
	Lula cassou-lhe a palavra. 
	 
	Disse que as fotos de Lula sendo preso mostram bem sua ligação com os 
	militares e com o DOPS, porque registram que o então líder sindical foi conduzido no banco 
	de trás da viatura policial, sentando junto à janela, com o vidro aberto e fumando, uma 
	situação inadmissível se ele fosse um preso qualquer. 
	 
	Assinalou que Lula passou muitas informações aos policiais e disse que 
	tudo está bem documentado, porque os arquivos do DOPS foram preservados. "Lula tem 
	muitas revelações a fazer", ironizou Tuma Jr., desafiando: "Abram os arquivos do DOPS! Abram 
	os arquivos!". 
	 
	Depois, falou também sobre o caso Rosegate, que envolve a namorada 
	secreta de Lula, Rosemary Noronha, e comentou que a Polícia Federal ficou mal no 
	episódio, que teria "capítulos hollywoodianos". E por fim, disse que está escrevendo o 
	segundo livro, dando a entender que os documentos serão publicados nesta próxima edição. 
	 
	 Veja como publicado: 
	 
	http://tribunadaimprensa.com.br/?p=80405 [link desativado] 
	  
	  
	  
	   Comentário 
	Félix Maier 
	Em relatório feito pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, de 1967, “há a denúncia da extração de sangue de condenados à morte em Cuba. Pouco antes de fuzilar os condenados, os algozes do presídio de La Cabaña retiravam o sangue das vítimas. (...) ‘No dia 27 de maio, 166 cubanos civis e militares foram executados e submetidos aos processos de extração de sangue, a uma média de 7 pintas por pessoa [cerca de 3 litros]’, afirma o relatório. ‘Este sangue é objeto de venda no Vietnã comunista por 50 dólares a pinta, com o objetivo duplo de prover-se de dólares e contribuir com o esforço do vietcong’ ” (NARLOCH, 2011: 55). (*) 
	Essa prática macabra lembra as denúncias contra a China comunista, de vender os órgãos e tecidos de condenados à morte. 
	(*) NARLOCH, Leandro; TEIXEIRA, Duda. Guia politicamente incorreto da América Latina. Leya, São Paulo, 2011. 
	  
	  
	  
	Conheça o Estado policial fascipetista denunciado em livro por Romeu Tuma Jr., acessando: 
	http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-livro-bomba-tuma-jr-revela-os-detalhes-do-estado-policial-petista-partido-usa-o-governo-para-divulgar-dossies-apocrifos-e-perseguir-adversarios-caso-dos-trenes-em-sp-estava-na-lista-el/ 
	Faça download do livro de Tuma Jr., ASSASSINATO DE REPUTAÇÕES - UM CRIME DE ESTADO, clicando em  
	http://liciomaciel.wordpress.com/2014/01/15/tuma-jr-livro-download  
	A transcrição do livro de Tuminha pode ser vista em http://pt.slideshare.net/CelsoDaviRodrigues/livro-assassinato-de-reputaoes-tuma-junior 
	  
	Leia os textos de Félix Maier acessando: 
	1) Mídia Sem Máscara 
	http://www.midiasemmascara.org/colunistas/10217-felix-maier.html  
	2) Piracema - Nadando contra a corrente (textos mais antigos) 
	http://felixmaier.blogspot.com/ 
	3) Piracema II – Nadando contra a corrente (textos mais recentes) 
	http://felixmaier1950.blogspot.com/ 
	  
	Leia as últimas postagens de Félix Maier em Usina de Letras clicando em 
	http://www.usinadeletras.com.br/exibelotextoautor.php?user=FSFVIGHM 
	  
	Para conhecer a história do terrorismo no Brasil, acesse: 
	http://wikiterrorismobrasil.blogspot.com.br/ 
	   
	Escracho 
	  
	O Palácio do Planalto amanheceu com a frase:  
	"Aqui vive uma terrorista". 
  |