A confusão é geral há muito tempo. Mas também pudera ! O homem ao invés de procurar pesquisar e se entreter mais com as coisas divinas, onde um dia terá de enfrentá-las cara e cara e com as mesmas conviver durante toda a eternidade, prefere se entreter quase que exclusivamente com as coisas terrenas, escolhendo ainda as mais degradantes e tenebrosas. As degradantes estão em todos os pecados carnais - docilmente tolerados pela sociedade apática- que culminam hoje com o vício das drogas e da arrasadora violência. As tenebrosas nascidas do ódio e do rancor se materializam no terrorismo e nas guerras intermináveis já existentes e nas futuras , incrivelmente ameaçadoras. Qualquer notícia perversa vira manchete das emissoras de tevê (jornal hoje quase seria comunicação ultrapassada, servindo apenas para certificar por escrito a veracidade do evento), como o assassinato do Juiz de Direito, corregedor do presídio de Presidente Bernardes ou a revolta em uma das unidades da Febem etc. A guerra no Iraque já começou com perfeita representação dos americanos, que em breve exibirão o filme "A inevitável guerra", super produção, que receberá o "Oscar" de melhor, direção, fotografia, cenários, som, exceto roteiro (enredo).
Os bandidos estão em todas. Vencem os mocinhos de goleada. Comando vermelho, PCC, Andinho, Beira-mar, favelas do Rio, S .Paulo, Recife, Belo Horizonte, Porto Alegre, Vitória etc. são nomes vistos, lidos e ouvidos diariamente, de maneira que todos se encontram preparados para prestar vestibular sobre a criminalidade. Com isso não sobra tempo para as boas coisas. Há confusão. Como vamos elevar o espírito procurando nos entreter com atividades que satisfaçam o nosso ego, ansioso para encontrar respostas salutares, consoladoras, que justifiquem e estimulem as razões de viver?
Mas que confusão é essa, como se libertar dela ? Como se explica ?A confusão, em última análise, está sendo gerada pela tolerància com o pecado. E´ aquela velha história já relatada por diversas vezes, do pé em duas canoas, de ficar em cima do muro, de nunca reagir, do espírito morno e assim por diante. As situações humanas chegam a ser embaraçosas e exigem muitas vezes tomadas de posições enérgicas e é por isso que ninguém deseja se envolver. "Não é problema meu". Realmente, o problema pode não ser da gente, mas temos de omitir uma opinião que à s vezes vai nos deixar sozinhos. Por isso, caros amigos, a confusão continua. Ela continuando, tudo, outrossim, permanecerá como está. Não posso, na minha insignificància, ser o vexilário único (para usar expressão utilizada pelo grande romancista Plinio Salgado), para restaurar a verdade. Mas, se constituírem uma equipe, partido, legião, organização, podem estar certos da minha colaboração. Há necessidade de entrosamento. Forças dispersas, cada um tocando seu instrumento, criam orquestração enervante, rejeitada por todos. Há necessidade de comando por algum maestro, para que a harmonia dos sons instrumentalizados se tornem melodias que enlevem, enterneçam , encorajem.