Acordei com um bom pensamento. Embora não seja profeta, acredito realmente, que não acontecerá a invasão do Iraque pelos Estados Unidos. Explicarei . Os americanos, é incontestável, possuem o melhor cinema do mundo e os seus astros, estrelas et caterva são insuperáveis. Daí me veio a idéia de que a invasão do Iraque, não passa de uma grande representação. Talvez a máxima que tenha existido até agora. Pois, analisemos a situação, não com rigorismo de datas e episódios, mas com lógica e bom senso. Já faz algum tempo que porta-aviões americanos se encontram na área do conflito para iniciarem o ataque. O presidente Bush, desde o início, faz questão de frisar que não depende no aval da ONU para inicia-lo. Todavia, aguarda o trabalho dos inspetores da ONU que estão sempre na expectativa de verem prorrogados os prazos da investigação. França, Alemanha, Rússia e China, ameaçam vetar resoluções da ONU eventualmente favoráveis à invasão. Em todo o mundo aumentam as manifestações , no sentido que não haja guerra, mas paz. O papa João Paulo II recebe em audiências, representantes dos países com maior envolvimento no possível conflito, exceto os presidentes Bush e Sadam.
Que conclusão tirar desses fatos, todos repetitivos, torradores de paciência, senão que, para o bem da humanidade, a apregoada guerra não acontecerá? Se Bush não depende de autorização da ONU para invadir o Iraque, que estará esperando ? Não está ciente que manter cerca de 250.000 homens prontos para entrar em combate, é extremamente dispendioso e desgastante? Os americanos habituados com guerras são, de outro lado, atores extraordinários. Notem que Sadam e os árabes, mestres imbatíveis na arte da dissimulação estão receiosos e chegam até a acreditar que a guerra possa ser deflagrada mesmo. Com isso, estão cedendo na investigação dos armamentos e vão destruir os mísseis encontrados, fora dos paràmetros permitidos pelo Conselho das Nações Unidas. Portanto, a encenação americana está dando certo, fazendo crer que o desarmamento do Iraque ocorrerá sem necessidade de guerra.
Mas, como o seguro morreu de velho, não é bom festejar antes do tempo. As orações pela paz mundial devem continuar, inclusive as manifestações que estão ocorrendo em todo o planeta. Tudo, como salientei, nos leva a crer que Bush não invadirá o Iraque. Louvado seja Deus. Preparemo-nos, porém, para tomar conhecimento das próximas aventuras dos inquietos humanos que, ao invés de procurarem repouso na bem-aventurança divina, preferem criar problemas de toda ordem e viverem atormentados pela angústia. As despesas dessa mega operação, verdadeira obra-prima cinematográfica , que desequilibraram o orçamento americano, esperamos - para terminar-, que não recaiam sobre nós, obrigando-nos a pagar mais juros para o FMI.