Tenho absoluto horror por mulheres que se despem rapidamente. Não importa o quão maravilhosa que elas sejam, com suas curvas perfeitas e seios fartos. Tenho meus rituais.
Ela mantinha-se equidistante, nem ousava alguma manobra nem deixava parecer algo alheia. Seu olhar era clara sedução, mas a contenção dos seus gestos me obrigava a tomar certas iniciativas.
Aproximei-me dela casualmente e a levantei da cadeira. Peguei seus pequeninos ombros e a trouxe mais perto, olhando-a nos olhos, tentando intimidá-la e quebrar a barreira da minha crescente angústia. Cometi a primeira infração as minhas próprias regras.
Não tomo iniciativas francas, afinal, elas é que são levadas a um ponto em que tudo que venha a correr é de fato natural.
Beijei sua boca, primeiro mordiscando o lábio inferior de canto a canto, depois mergulhando a língua timidamente, sugando suavemente a sua saliva.
Ela respondeu ao beijo sem intimidação, aceitando a minha intensidade. Abraçando-me ao sentir-se abraçada, colocando-se a mim, ao ser puxada contra um corpo.
Aí cometi a segunda e mais grave infração.
Tomei-a pela mão e a conduzi ao quarto, abracei-a de um jeito mais selvagem, mas não agressivo, começando a desabotoar sua roupa. Ela, sem estranheza ia me permitindo tudo.
Fiquei até um pouco constrangido quando toquei sua coxa na minha e notei que reconhecia meu membro excitado e que o comprimia contra si. Eu sabia que não deveria ter parado ali naquela noite e ter aceitado conversar com ela.
Fazer amor é sempre um aprendizado. Por mais que tenhamos experiência, a próxima experiência sempre será um mistério, sempre há o inusitado, aquela coisa que nunca percebemos antes, um sabor novo e inebriante, que nos leva a sermos aprendizes, mais uma vez.
Na manhã seguinte eu não a queria deixar partir, não sem mais algum repeteco, uma confirmação de que, tudo aquilo havia ocorrido, não seria apenas um devaneio meu.
Mas ela foi, assim mesmo.
Fiz com que prometesse encontrar-me mais tarde e, de fato, mais tarde nos encontramos no mesmo lugar.
Repetimos a dose um cem número de vezes.
Bem, essa história é do jeito que eu a vivi.
Nosso filho acha engraçado e me diz que sou ultrapassado, toda vez que eu conto.