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Cronicas-->Poesias na mesa -- 20/02/2003 - 14:14 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Uma tarde de árduo trabalho se esgotava nos últimos raios de sol quando soou a campainha da pequena casa. Interrompeu por instantes uma análise de Camões, inspirado nos seus Lusíadas.
A jovem estudante de Letras trazia um volume de poesias de Augusto dos Anjos, querendo informações sobre o poeta que sondava as almas e vivia em estado de angústia profunda.
Falar de Augusto dos Anjos era interessante, mas por que uma jovem nutria interesse por um poeta cuja existência parecia torturá-lo continuamente?
Perguntar poderia parecer invasão de privacidade, então seria mais fácil abordar a influência de alguns pensadores alemães sobre o autor de "Eu", "Versos íntimos" e outras letras conflitantes.
A jovem de cabelos negros, vivos olhos de maior vivacidade, trazia livros de capa branca que contrastavam com sua roupa preta e azul, blusa e jeans tradicional. Quatro livros complementares de autores cujas existências foram conturbadas. Florbela Espanca, Hemingway e Lima Barreto.
Estilos diferentes de textos que lançavam dúvida sobre a curiosidade literária ou uma depressão temporária.
Descobri que eram textos que aleatoriamente caíram sobre suas mãos, mas não podia deixar de analisar o vigor dos autores, principalmente o bem acabado Augusto, cujas linhas ainda suscitam repulsa dos mais tradicionais, e principalmente dos incultos.
Ela demonstrou grande interesse pelos autores alemães que poderiam ser os focos de inspiração de Augusto, anotou tudo em papéis coloridos que trazia numa pequena bolsa e aceitou o convite para um chá com bolachas caseiras.
Quando encerrou a primeira conversa despertou a vontade de muitas outras, mas sacou da bolsa um inconveniente telefone celular e pediu carona.
Marcou nova data sem marcar exatamente, para analisar Florbela, já que ouvira falar da mulher que amou sem conhecer o retorno de seus sentimentos.
Um automóvel surripiou a presença da jovem, que foi embora com o namorado, sob um céu de estrelas que brilhavam menos que seus olhos, levando consigo breves pensamentos de um impressionado leitor de poemas, cuja prosa fez crescer nos dias seguintes.
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