Usina de Letras
Usina de Letras
21 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63256 )
Cartas ( 21350)
Contos (13302)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3249)
Ensaios - (10688)
Erótico (13593)
Frases (51774)
Humor (20180)
Infantil (5606)
Infanto Juvenil (4953)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141315)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6357)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->caminhada na praia -- 28/07/2000 - 08:34 (gilberto luis lima barral) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Caminhada na praia

Chegamos em Olivença as dezessete horas. O sol estava amarelo triste esmaecido, o mar azul escuro chuvoso e a areia vermelho rubro escaldado. Um dia especialmente nublado. Um escrete de banhistas "nativos" desenvolvia um árduo e melancólico jogo de futebol e nos dispusemos entre observadores e participantes no evento. Logo vimos a falta de graça em que se dava a disputa. Eu, Patrizze Mello, Ronald Clawer, Sandra Buloque, George Sants - não me lembro de todos os nomes mas haviam outras pessoas- sentamos nos banquinhos de madeira da orla. Já vínhamos desde os últimos três quilómetros da caminhada formando um grupelho meio à parte do resto da trupe. As nossas tiradas, gafes, conversas tornavam-se outras. A entrada dos "participantes" no jogo veio diminuir incomensuravelmente a tristeza do final de tarde, unir novamente os turistas viajantes e motivar o escrete dos "nativos".

O futebol de nossos amigos "participantes" não era grande coisa e o dos jogadores "nativos" era muitíssimo diferenciado. Estes chutavam a bola com uma força e um desequilíbrio sem igual. Como se chutassem cocos. Do nosso lado chutavam cocos como se chutassem plumas. Dentro do campo os jogadores "participantes" riam do modo como os "nativos" jogavam e estes riam dos primeiros. Da orla ríamos do modo como se desenvolvia a peleja, mesmo os que conseguiam compreender as regras achavam engraçado. Ninguém marcava pontos tal a zombaria que se transformava o jogo. Nosso grupo que já vinha dividido pelo caminho, portanto com problemas, contagiou os "nativos" se livrando da tristeza que trazia e o que estava sendo árduo para os "nativos" se irrompeu em risos.

A interação entre esses dois grupos foi muito importante à reposição dos humores em nossa equipe que afinal teria outros seis quilómetros de caminhada na volta ao hotel onde se hospedara. A areia estava muito quente, muitos já não se aguentavam de bêbados devido as caipirinhas e cervejas sorvidas nos intervalos do jogo. Então foi muito bom estar com as energias carregadas para o caminho de volta. Embora desde sempre este pareça mais curto é de longe o mais distante. E para longos percursos bom mesmo é seguir com amigos em gracejos eternos e com os estranhos e estrangeiros deixar uma larga simpatia. Pois se for preciso voltar as portas e sorrisos estarão abertos.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui