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Cronicas-->Emoções da vida -- 03/01/2003 - 22:22 () Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
EMOÇÕES DA VIDA


O homem moderno, ao que parece, só pensa em negócios. Corre o tempo todo, não tem sossego para nada, está sempre agitado e a vida é algo como um veículo a passar. Nas paradas obrigatórias , almoço, jantar às vezes pensa alguma coisinha, mas à noite , se outros compromissos não exigem, queda-se principalmente diante da telinha, o seu cinema em casa , com notícias quentes e propostas de lazer. Dorme como um bem-aventurado e, no dia seguinte, recomeça com a mesma rotina. Não dispõe de tempo para sentir emoções, salvo aquelas fajutas introduzidas pela mídia eletrónica.
De vez em quando, lembra-se que provém de uma família, às vezes dispersa , inclusive devido a morte de algum dos seus membros e, então, resolve conversar com algum dos sobreviventes. Aí vem a surpresa com a indagação própria dessas ocasiões : você sumiu, há quanto tempo não se comunica, que milagre foi esse, porque desapareceu etc. Então, a voz se embarga , emoções parecem afluir e nota-se, ao menos, por instantes, que somos seres vivos , que vivemos em companhia de outros, que estamos integrados em uma família e que não podemos continuar no isolacionismo, como se nós todos fóssemos simples objetos.
E, nessa linha de pensamento, esboço outro quadro, emoldurado pela saudade, esse indescritível sentimento, misto de alegria, tristeza, suavidade que, vez ou outra nos invade, sobretudo quando consideramos a rápida passagem dos dias e das noites. Envolvidos pela mística do passado, gostaríamos de voltar aos lugares em que passamos largos tempos de nossas vidas, possivelmente relembrando momentos felizes e, eventualmente, nos encontrando com amigos da época. Tudo, porém, não passará de ilusão. Os tempos são outros, outra é a realidade. E, se nos aprofundarmos nas reflexões, ficaremos perplexos com as mudanças ocorridas. Conversando há pouco com um jovem pedreiro e a esposa também jovem, indagando se eram recém casados, me informaram que sim, mas "já tinham um namoro de 3 ou 4 anos". Vou à última missa de octogenário sacerdote e me quedo estranhamente absorto ante a inexorável realidade. Toda uma vida se passou e as imorredouras lembranças se encontram dispersas no torvelinho da memória .Nem podem ser evocadas, pois podem provocar emoções inoportunas. A tristeza deve ser afugentada. O momento precisa ser de alegria . Se esta não for expontànea. precisa ser burilada. Adágios e ensinamentos apreendidos, como "Ócio com dignidade", batalhei o bom combate, permaneci na fé, quando relembrados, ajudam a manter a alegria.
Outros sendo os tempos, para a grande maioria essas são emoções piegas . Hoje,afora as aventuras sexuais, com as mais estranhas fantasias, a "adrenalina" como preferem dizer, se encontra nas corridas automobilísticas, lutas diversas, esportes espetaculares e, infelizmente, para muitos, emoções somente existem nas guerras, na violência, nos crimes. As emoções suaves,enternecedoras, porém, sempre serão bem-vindas eis que podem nos mergulhar no imperecível e indescritível mundo da saudade.
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