A leve brisa do cair da tarde, refrescada com gostosa e suave chuva, parece nos enviar ao passado que - quanto mais distante -, nos enche de saudades, pois tínhamos mais esperança na espera. Advento, ad-venire, está para vir, ou seja o tempo que antecede o Natal, dia em que Jesus Cristo, filho de Deus, nasceu na terra como homem. Isso nada mais é do que o mistério da encarnação que deveria ser dissecado ao máximo para se entender melhor a humanização de Deus e para que todos efetivamente compreendam a razão de viver.
Todavia, como o homem já nasce manchado pelo pecado original, segue-se daí que mil histórias foram inventadas para se comemorar a data e assim, a medida que o tempo passa, tudo vai se tornando diferente, predominando hoje o aspecto puramente comercial. Haja vista, que o comércio um mês antes da comemoração, já enfeita vitrinas, planeja aumento das vendas e tudo é direcionado tendo em vista a grande efeméride, de esplêndida lucratividade. Onde porém a reflexão profunda que nos fizesse entender com maior clareza o real significado do Natal, a ponto de se considerar como o maior evento festivo da Humanidade?
Caminhamos para a frente. Se desviarmos da nossa rota, não seguirmos o caminho certo, é indubitável que teremos muitos problemas. O mundo em que vivemos está aí para dize-lo e a mídia sensacionalista ou o próprio intercàmbio doméstico confirmam que a insatisfação existe. Não se sabe realmente explicar os motivos, salvo para os que se julgam "doutores" da matéria, que sempre emitem os "abalizados" pontos de vista. Arrisco-me também a emitir minha opinião, não como doutor abalizado, mas embasado na experiência e observações da vida. Nos dias de hoje, parece que o indivíduo dá pouco valor à família, dela procurando se libertar assim que surgem oportunidades. Quando estas surgem, procura crescer sozinho mandando os demais familiares para as cucuias, exceto em algumas de políticos conhecidos ou não... Com tal procedimento, as famílias ao invés de se entrosarem, crescerem unidas, enfrentam a emulação ou a desunião.
Nessa rota de desencontros, tudo se torna mais difícil e complicado. Por isso, os natais de antigamente eram mais gostosos , porque todos carregavam menos pecados e fingimentos... Advento, espera, esperança !... Quem sabe haverá uma reviravolta, uma reaproximação dos separados, um reencontro dos magoados, um alívio para todos os sofredores da alma e do corpo. Afinal, Jesus é Deus e veio ao mundo para nos salvar.
