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Cronicas-->Cidade dos Sonhos -- 11/11/2002 - 15:40 (Valéria Tarelho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CIDADE DOS SONHOS
Valéria Tarelho

Uma das coisas que mais me dão prazer é caminhar com você em fins de tarde pela Avenida Cidade Jardim. Sempre juntos, de mãos dadas, fazemos o mesmo regozijante percurso como um ritual vespertino, enaltecendo e vibrando Vida, Amor e União.
Em meio ao gramado que ladeia a Quinta das Flores, já formou-se uma trilha de terra batida por onde passamos e cruzamos com outros que passeiam aos pares, sozinhos, com crianças ou animais de estimação. É uma linda paisagem: no canteiro central, os flamboyants florescem em tons rubros e dos galhos pendem grandes vagens escuras; as folhas são imperceptíveis, quase inexistentes nessa época do ano. As flores nas copas do arvoredo e as caídas ao solo dão a impressão de um extenso manto e tapete vermelhos. Daqui a pouco, quando o sol se pór, os flamboyants servirão de abrigo aos pássaros da região, que vêm aos bandos, fazendo alarido, abrigar-se nos ramos das frondosas árvores. Em uma das laterais, a que estamos agora, as alamandas rentes à cerca da Quinta são um tapume vivo, de delicada beleza, impedindo a visão ao interior do luxuoso condomínio. O tom amarelo das belas flores afuniladas e o verde intenso da folhagem contrastam com os hibiscos vermelho-escarlate que forram a cerca pouco mais à frente. Do outro lado da avenida, há edifícios em construção e outros recém-construídos. Embora de inferior beleza neste trecho, daquele lado, mais adiante, está a Reserva do Bosque, uma área de preservação de eucaliptos. Por isso, àquela altura, o bairro denomina-se Bosque dos Eucaliptos. Na reserva há espaço destinado a esporte e lazer, mas gostamos mesmo é de desfilar nosso amor no estofo avermelhado da avenida, como se ela fosse uma passarela e nós, modelos de felicidade.
Meu segundo maior prazer é acreditar na veracidade deste
sonho. Na verdade, hoje chove e caminho na esteira em minha casa, enquanto penso em você distante de mim. Os pingos da chuva escorrendo na vidraça se assemelham a lágrimas e parecem chorar minha saudade. Acelero o ritmo da passada em uma vã tentativa de alcançar sua imagem, que eu vejo a todo instante. Banhada de sal, sou suor e pranto, estou ofegante, exausta...
Amanhã, se o sol surgir (ou não), uma nova caminhada: te levo comigo, meu amor, de mãos dadas, pela Cidade Jardim de meus sonhos.
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